Por Felipe Kyoshy Em RMVale

Em depoimento, Hamilton Mota nega fraudes em contratos da Pró-Lar

Investigação apura irregularidades de cerca de R$ 1,3 milhões

hamilton_mota_cpi_pro_lar

Ex-prefeito de Jacareí foi ouvido nesta terça-feira na Câmara de Jacareí

Felipe Kyoshy/Meon

O ex-prefeito de Jacareí, Hamilton Mota (PT) prestou depoimento na tarde desta terça-feira (5), na Câmara, para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura irregularidades em contratos de serviços de capina e limpeza da fundação Pró-Lar.

O ex-prefeito respondeu a cerca de 30 perguntas durante uma hora e meia e reforçou que todos os processos respeitaram a lei em seu mandato.

Leia MaisCPI da Pró-Lar escuta depoimentos de três investigados nesta terça-feiraEm CPI, ex-presidente da Pró-Lar afirma que não sabia de fraudesPara CPI, Pró-Lar movimentou R$ 1,3 mi em contratos com 'laranjas'

"Foram feitos todos dentro das conformidades. Não ultrapassaram o que a Câmara tinha me autorizado dentro dos 22% do remanejamento. Nos oito anos de mandato nós nunca ultrapassamos. Nunca descumprimos com a lei de responsabilidade fiscal", comenta.

Durante a oitiva, foi questionado sobre o repassar de créditos suplementares a Pró-Lar, mas ressaltou que eram todos aprovados pelo legislativo e que muitos decretos passavam direto para a autarquia, já que tinham essa autonomia.

De acordo com a CPI, foram movimentados cerca de R$ 1,3 milhões em contratos laranjas em 2016 e que em alguns casos não foram apresentados notas fiscais e recibos dos serviços prestados. "Desconheço, mas espero que chegue a uma conclusão", diz o ex-prefeito.

Avaliação

Para o presidente da CPI, Rodrigo Salomon (PSDB), o depoimento de Hamilton Mota como testemunha contribuiu no processo e que os próximos passos passam por quebrar o sigilo bancário de investigados.

"Ficou bem claro que o presidente da fundação Pró-Lar, como o ex-prefeito disse, não cumpriu sua determinação, que era priorizar investimentos na regularização fundiária. Esse dinheiro foi remanejado para limpeza e capina de terrenos. Estamos apurando todo esse processo, que provavelmente foi fraudulento. Só na sua contratação fizeram uma forma de burlar esse processo licitatório e temos uma comprovação que isso não foi feito dentro da lei", ressalta.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Felipe Kyoshy, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.