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Eduardo Cury detalha como funciona o Gabinete Paralelo, no Senado

Ex-deputado fica à frente da fiscalização do governo Lula

Escrito por Meon

03 MAI 2023 - 15H42

Divulgação

Com nova função em Brasília, Eduardo Cury conversa com o MEON sobre a criação do Gabinete Paralelo, no Senado. Explica este novo desafio, faz uma avalição dos governos de Lula e Tarcísio de Freitas e não confirma presença como candidato a prefeito nas eleições do ano que vem.

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Cury é formado em engenharia industrial e foi prefeito de São José dos Campos por dois mandatos, sendo eleito em 2004 com 179.705 votos e reeleito em 2008, com 187.930, ambos no primeiro turno. Também foi deputado federal por dois mandatos. Nas eleições de 2014, foi eleito para a Câmara dos Deputados com 185.638 votos e reeleito em 2018 com 94.282 votos. Em 2022, tentou a eleição para deputado federal pela terceira vez, obteve 92.225 votos, ficando como primeiro suplente do PSDB.

MEON: Como surgiu o convite para o Gabinete Paralelo no Senado?

Cury: Fui convidado pelo Senador Rogério Marinho, líder da oposição, que foi meu colega na Câmara dos Deputados. Ele teve a ideia de montar um gabinete paralelo técnico para fiscalizar o governo e como eu tenho experiência de gestão pública e política, e esse era o perfil que ele queria, aceitei o convite.

MEON: Quais as funções deste Gabinete?

Cury: Esse gabinete, basicamente analisa o Diário Oficial, imprensa, redes sociais, anúncios do governo e tudo o que o governo está fazendo e vai fazer, e a gente faz uma checagem dos planos para saber se tem lógica, se é possível e se, por exemplo, não tem impacto negativo para a sociedade. Baseado nisso, podemos propor soluções, como uma emenda dos senadores da oposição, um outro projeto, e se for necessário, uma ação no Supremo, como é o caso do novo Marco do Saneamento e a questão dos precatórios, que estamos avaliando. Mas, o objetivo principal do gabinete é fiscalizar o governo e propor soluções.

MEON: Como está sendo montado o grupo de trabalho?

Cury: A grande maioria é formada por servidores concursados, quer seja do Senado, quer seja da Câmara ou dos Ministérios e do IPEA (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que é um órgão do governo. Nós dividimos aqui em sete grandes áreas para cobrir: Economia, Orçamentos e Tributos; Agronegócio e Meio Ambiente; Infraestrutura e Energia; Previdência, Trabalho e Área Social; Segurança e Defesa; Inovação, Ciências e Tecnologia e Comunicações; um grupo para acompanhar os demais Ministérios.

MEON: Os resultados do trabalho do Gabinete são públicos ou endereçados apenas à oposição ao governo?

Cury: Eu faço a primeira análise dos resultados, passo para o Senador Rogério Marinho (líder da oposição), endereçamos à imprensa e redes sociais. Como estamos na fase de montagem do Gabinete, ainda vamos apresentar oficialmente os trabalhos. Vocês estão sabendo primeiro porque sou da região. O Gabinete ainda será apresentado a todos.

MEON: Como vê o Governo Lula neste início de mandato?

Cury: O governo do Presidente Lula neste início de mandato é decepcionante, confuso, os Ministérios são descoordenados, anunciam ações e recuam na sequência, a reforma tributária já empurraram pra frente. No exterior, foi trágica a última missão, ou seja, essa aproximação com ditaduras e o aval dado à Rússia à agressão que fez à Ucrânia pegou muito mal ao Brasil, o país pode fechar portas com os países democráticos que defendem os Direitos Humanos. Pegou mal esse alinhamento de Lula com países não democráticos, como a sinalização que dá para a Venezuela, Nicarágua, Cuba e agora para a Rússia, tudo isso é muito ruim para o Brasil. O país pode sofrer sanções pela falta de habilidade do Lula.

MEON: E o mandato do Tarcísio de Freitas em São Paulo, tem acompanhado?

Cury: Não tenho acompanhado muito o governo do estado. Pelo pouco que acompanhei, acho que o Tarcísio está indo muito bem e tem tudo para fazer um excelente mandato em São Paulo.

MEON: Para 2022, há possibilidade de se candidatar a prefeito? Como vê o quadro para as próximas eleições municipais em SJC?

Cury: Eu me candidatei a Deputado Federal e gostaria de ter sido eleito, mas sou suplente. Existe uma possibilidade de assumir uma cadeira na Câmara. Não estou acompanhando a situação em São José dos Campos. A única coisa certa é que dou atendimento aos prefeitos de toda a região do Vale, acompanhando as emendas (recursos para as cidades) que eu fiz e ainda serão executadas. Tenho um compromisso junto com o Emmanuel Fernandes e com o nosso grupo político de São José, que é formar quadros políticos para candidatos a vereador e para futuros políticos. Neste momento é esse o compromisso com São José.

A entrevista com Eduardo Cury é um dos destaques da nova edição da Revista Metrópole Magazine. Leia a Revista no Link abaixo:

https://www.meon.com.br/source/files/originals/Metropole_98_ABRIL_2023-471192.pdf

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