Drone modelo DJI Mavic Air, semelhante ao que atingiu prédio no Jardim Aquarius
Redação
Um ano após a regulamentação dos drones no Brasil, um incidente em São José dos Campos evidencia os riscos do uso desses aparelhos em áreas urbanas. Neste sábado (2), a Polícia Civil apreendeu um drone que atingiu o Edifício Quartetto, que fica em frente à praça do Jardim Aquarius, na zona oeste da cidade.
O drone bateu na janela do banheiro de um apartamento no 16º andar do prédio e caiu na sacada do imóvel, que fica a cerca de 50 metros de altura, na noite de quinta-feira (1). O aparelho pesa 430 gramas. Apesar do susto que causou aos moradores, não houve nenhum dano material.
No dia seguinte ao impacto, o dono do apartamento informou o incidente à administração do condomínio, que decidiu comunicar a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável pelo registro deste tipo de aparelho.
Porém, neste sábado, o caso foi parar na delegacia de polícia depois que um homem se apresentou como amigo do proprietário do drone e exigiu a devolução imediata do aparelho.
Os envolvidos chamaram a Polícia Militar, que orientou registrar a ocorrência no plantão policial. Agora, o drone só poderá ser retirado pelo proprietário com apresentação da nota fiscal à Polícia Civil.
Caso o proprietário não tenha registrado o aparelho na Anac ou não tenha autorização para fazer o sobrevoo na área urbana, ele poderá ser autuado pela infração.
Apesar da regulamentação da Anac, publicada em maio de 2017, o uso de drones já causou vários incidentes no país.
Em novembro do ano passado, as operações do Aeroporto de Congonhas ficaram paralisadas por mais de duas horas, com cancelamento e desvio de voos, porque um drone entrou na área de tráfego aéreo.
De acordo com a regulamentação da Anac, somente pessoas maiores de 18 anos podem pilotar drones e todo aparelho que pesa mais de 250 gramas deve ser cadastrado na agência --caso do aparelho que atingiu o edifício no Jardim Aquarius.
Para fazer voos sobre multidões é preciso ter autorização expressa ou barreiras que protejam os passantes em caso de queda do aparelho.
A Anac permite voos de até 120 metros de altura, mas a Força Aérea recomenda voos de no máximo 30 metros de altura, já que a partir de 60 metros existe risco de colisão com helicópteros. Além disso, o aparelho deve estar dentro do campo de visão do piloto, isto é, em um raio de 500 metros, no máximo.
O Meon contatou o escritório da Anac em São José, porém a funcionária da área de segrança que atendeu informou que o expediente seria retomado somente nesta segunda-feira.
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