Por Meon Em RMVale

Dissidente da atual diretoria disputa comando dos Metalúrgicos de S. José

Duas chapas concorrem à presidência do sindicato em fevereiro

Os sindicalistas Edão e Weller,  que disputam a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos

Os sindicalistas Edão e Weller, que disputam a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos

Divulgação

Um diretor dissidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai disputar a presidência da entidade nas eleições que ocorrem em fevereiro, em uma chapa ligada à CUT.  A outra chapa que está na disputa tem o apoio da atual gestão, que é ligada à CSP-Conlutas, central que está no comando do sindicato desde 2006.

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O grupo que será eleito vai comandar o sindicato pelos próximos três anos (2018-2021).  A região de São José conta com cerca de 30 mil metalúrgicos, sendo que cerca de 10 mil são sócios.

Pela  chapa 1, ligada à CSP-Conlutas, concorre à presidência o metalúrgico Weller Gonçalves, da JC Hitachi, que é diretor do sindicato e tem apoio da atual gestão. Seu vice é o atual secretário-geral, Renato Almeida, o Renatinho, que trabalha na GM (General Motors).

Encabeçando a Chapa 2, da CUT, está o metalúrgico da Embraer Éder de Andrade, o Edão, que também é diretor do sindicato mas rompeu com a atual diretoria. Seu vice é Ivan Caetano de Souza, trabalhador da GM.

“Nós rompemos com a atual diretoria porque não concordamos com a burocracia sindical estabelecida hoje. Não concordamos com a política partidária da CSP-Conlutas. Tem gente que tá na diretoria há cinco mandatos, há mais de 20 anos”, disse Edão.

Segundo ele, o nome da sua chapa traduz sua bandeira: Transformação e Libertação. “Queremos libertar o trabalhador dessa política de coronel. Queremos um sindicato democrático, onde o metalúrgico tenha voz, participação”, afirmou. A Chapa 2 conta com 32 integrantes de 10 fábricas da região.

Weller disse que pretende manter o sindicato no caminho da luta independente, que tem garantido conquistas ao metalúrgico da região. A Chapa 1, que tem como lema Experiência, Renovação e Luta , é composta por 41 metalúrgicos de 17 fábricas.

“Esse ano tivemos uma importante vitória na campanha salarial, que foi a renovação da convenção coletiva. Mas no ano que vem a luta  tem que ser mais forte, porque agora o que tá valendo é o negociado sobre o legislado. Os dirigentes têm que estar preparados para a luta de classe, para defender os direitos do trabalhador”, disse Weller.

Ele ressalta que para tornar possível esta luta é imprescindível que o sindicato seja independente. “E nós vamos seguir independentes de patrão ou de qualquer um que esteja no governo, em todos os níveis: federal, estadual ou municipal. Pretendemos fazer uma forte campanha de sindicalização que também vai fortalecer essa a luta”, afirmou.

 



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