Por Meon Em RMVale

Dia dos Pais: Meon homenageia os pais e traz histórias em reportagem especial

São três histórias de famílias distintas, cujo os protagonistas são os pais

Neste domingo é comemorado o Dia Dos Pais, uma dada que resgata em nossas memórias os momentos especiais ao lado deles. Por isso, o Meon conta três histórias de papais da região que se esforçam para manter suas famílias unidas. Desejamos um feliz Dia dos Pais a todos!! 

Piloto joseense Jean Azevedo ‘deixa’ o volante para se dedicar à família

Completando 30 anos de carreira, o piloto joseense Jean Azevedo se acostumou a uma rotina intensa de treinos e viagens. O esforço foi recompensado com muitos prêmios, mas apesar da satisfação profissional, Azevedo estava longe do principal: a família! O piloto já acumula sete títulos do Rally dos Sertões e os 10 troféus do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country,  além de 18 participações no Rally Dakar, ficando com a quinta colocação em 2003 – o melhor resultado de um piloto brasileiro – e o sétimo lugar por duas vezes (2005 e 2011).

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Jean Azevedo e sua família

Divulgação

Depois de todas essas conquintas, Azevedo resolveu agora passar mais tempo junto à esposa Patrícia e aos filhos Mariana e Bruno. O joseense optou por diminuir o ritmo desde 2016, e se concentra em competições nacionais que exigem menos deslocamentos.

"Fiquei muitos anos competindo fora, mas de dois anos para cá, passei a correr só no Brasil, para poder ficar mais tempo em São José com as crianças, que estão crescendo. Sinto que perdi parte da infância deles com tantas viagens, então queria passar mais tempo em família", conta.

Apesar de estar sempre em treinamento, Azevedo revela o que costuma fazer em família.

"Quando tenho um tempo, vou ao parque Vicentina Aranha. Moro próximo ao Colinas Shopping, então tenho o costume de ir a pé para dar uma volta, ir à Praça de Alimentação, ao cinema. Mas mesmo em São José, não tenho muito tempo, porque tem que cuidar da parte física, é uma rotina intensa, estou todo tempo treinando".

Sobre voltar a disputar o Darkar, Azevedo dispara "em princípio, “já deu” pra mim. Participei 18 anos seguidos, com os melhores resultados brasileiros. É difícil falar que não vou mais participar, porque às vezes a gente recebe uma oferta e acaba indo, mas não tenho nada programado".

Vivendo mais intensamente o dia a dia ao lado dos filhos, Jean Azevedo foi convidado a participar da campanha de Dia dos Pais do Colinas e assina a ação  do shopping que vai sortear uma moto Honda Africa Twin, eleita a melhor do ano pelo Guia Duas Rodas. Em entrevista, ele falou um pouco sobre suas duas grandes paixões: a família e o esporte.

Confira a matéria completa neste link.

Pai de duas meninas fala sobre emoções e desafios do dia a dia

Ricardo de Mendonça André tem 40 anos e é pai de duas meninas, Manuela de 3 anos e Beatriz de apenas um ano. Ricardo descobriu que seria pai em 2014 da sua primeira filha, Manu. Após três anos foi a vez da Bia chegar para alegrar o dia a dia do pai e de toda a família.

Ele contou para o Meon que a Manu e a Bia foram muito desejadas e que não tinha medo nem receio do que estava por vir. “Acredito que quando nasce uma criança, nasce também um pai”, completou.Os dois partos foram normais e o momento que ficou marcado em sua memória foi o corte do cordão umbilical das duas.

Mendonça conta ainda sobre a rotina do dia a dia e acredita na participação maior dos pais. A Manu e a Bia passam o dia na escolinha, porque Ricardo e sua esposa, Adalice, trabalham. O horário de maior convívio dos três é no período noturno e também aos fins de semana. 

Família de Ricardo

Ricardo de Mendonça e sua família

Arquivo Pessoal

“Acredito que a sociedade evoluiu bastante em termos de que os pais realmente participam mais da vida dos filhos. Procuro ajudar o máximo que posso em casa: dou banho, troco fralda, levo ao médico, dou mamadeira, e também adoro levá-las em parques e praças."

Ricardo diz que a rotina é bem intensa com duas meninas pequenas e um pouco restrita por conta da pequena Bia. Porém ele acredita que tudo será recompensado.

“A rotina é bem intensa e desgastante, mas traz uma recompensa gigante, sei que o que estou fazendo por elas vai ficar guardando para o resto da vida. É uma dedicação praticamente exclusiva, a gente abre mão de outros planos e sonhos para viver esse! E no final com toda certeza vai valer muito a pena. Já valeu!,” conclui.

Pai conta história de criação do filho nos Estados Unidos

E por último contamos a hisória do Daniel Toledo, advogado e empresário de 43 anos que fala um pouco sobre a relação dele com o seu filho, Rafael Toledo. 

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Daniel Toledo ao lado de seu filho

Arquivo Pessoal

Toledo criou o Rafa sozinho desde que ele tinha dois anos. Após uma separação, a dupla decidiu migrar para os Estados Unidos e morar em Miami. Agora com 11 anos, Rafa aparece com o pai contando a história dos dois e homenageando todos os pais.

No vídeo, Toledo comenta sobre as emoções e preocupações de cuidadar do filho e como mudar para os Estados Unidos fez bem para a criação do Rafa, que na época tinha 4 anos.

Os dois se adequaram ao novo país, Rafa encontrou amor no basquete e Daniel segue como sócio fundador da Loyalty Miami. 

Confira o vídeo de Daniel Toledo ao lado de seu filho neste link.

Manual para pais de segunda viagem

Ao som do despertador, ele já sabe que vai fazer tudo sempre igual: arruma o café da manhã, organiza as brincadeiras, aparta brigas, leva para o passeio na pracinha, arruma as mochilas e lancheiras, prepara o almoço, convence a deixar o "prato limpinho" e leva as gêmeas para a escola. "Dá trabalho, mas tem de fazer sem pensar. Liga no automático e vai embora", diz o comerciante paulistano Renato Murad Saad, de 54 anos, pai de Luísa e Isabela, de 4. 

Nas cinco horas em que as meninas ficam no colégio, ele aproveita para responder e-mails de trabalho e fazer reuniões. Andréa, mulher de Saad e mãe das meninas, é médica e tem um expediente que começa logo cedo - e costuma durar de 10 a 12 horas. "Quando chega ao fim do dia, dá aquela baixa e você só pensa em deitar e dormir. Não dá nem tempo de raciocinar. É uma canseira que nem se compara àquela do 'pai padrão'", compara ele. 

Saad fala com a experiência de quem já vivenciou outro tipo de paternidade. Além das gêmeas, ele tem os filhos Gabriela e Mathias, de 21 e 19 anos, respectivamente, frutos do primeiro casamento. "Naquela época, eu trabalhava o dia todo. Ficava com eles à noite e no fim de semana. O amor é o mesmo, mas a chance de acompanhar o desenvolvimento era menor. Era um pai que não sabia a hora do antibiótico."

Em Fortaleza, o bancário José Carlos Romero nunca imaginou que trocaria fraldas, daria banho e levaria o filho para tomar vacina. Durante infância e adolescência das três filhas do primeiro casamento - hoje com 34, 33 e 30 anos -, ele viajava muito a trabalho e coube à mulher, que também cumpria um expediente integral fora de casa, dar conta da criação das meninas. 

"A vida dela era muito mais dura que a minha. Os dois éramos provedores, mas só ela acompanhava o desenvolvimento e cuidava no dia a dia. Era uma situação normal nos anos 1980, ainda mais para alguém filho de militar e egresso de um colégio militar como eu."

Romero ficou viúvo aos 46 anos - com as filhas já adultas -, casou-se outra vez e agora é pai de Junior, o menino de 3 anos que ganhou o nome e o tempo livre do pai. "Faço tudo o que nunca fiz e vejo como isso é bom para ele e para mim", conta o bancário.

Paternidade ativa

As experiências de Saad e Romero respondem às novas configurações familiares - como a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho -, ao mesmo tempo que refletem o anseio de parcela dos homens por uma paternidade mais participativa. "É um movimento em que todo mundo ganha - filho, pai e mãe - e cujas vantagens serão maiores quanto mais cedo começar este compartilhamento", afirma Eduardo Marino, diretor de conhecimento aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Estudos mostram que quando a mulher é acompanhada pelo pai da criança no pré-natal, parto e pós-natal, o apoio à amamentação aumenta e, consequentemente, o tempo em que ela continua a amamentar. Essa mulher também se sente mais amparada e diminuem as chances de depressão pós-parto. 

Já os homens relatam sentimento de satisfação com o tempo maior ao lado dos filhos, passam a cuidar mais da própria saúde e desenvolvem habilidades de cuidado que não foram educados para fazer. As crianças, por fim, apresentam melhor desenvolvimento cognitivo e menor uso de entorpecentes na adolescência. 

Isso sem contar o aprendizado pelo exemplo. "As meninas crescem compreendendo que não deve recair sobre elas o peso das tarefas domésticas e de cuidado de crianças, além de buscar relacionamentos mais igualitários. Os meninos aprendem que 'ser homem' também significa ser responsável pela casa, por filhas e filhos, e crescem mais equitativos na divisão de tarefas", explica Milena do Carmo, socióloga e consultora em Paternidade e Cuidado do Promundo-Brasil.

A organização lançou em 2015 o relatório A Situação da Paternidade no Mundo, com dados que mostram como as mulheres ainda são sobrecarregadas: passam de duas a dez vezes mais tempo cuidando de uma criança do que os homens, apesar de já serem responsáveis por 40% da força de trabalho remunerada. 

Do ponto de vista regulatório, dizem especialistas, é preciso colocar em prática políticas previstas pelo Ministério da Saúde, como a participação dos pais nas consultas de pré-natal. 

"O aumento da licença-paternidade para 20 dias, recomendado pelo Marco Legal da Primeira Infância (lei de 2016, que reúne políticas públicas para crianças), teria custo mínimo comparado aos benefícios", diz Marino, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. "Ainda é pouco perto do ideal - que seria um período de licença estendido para que o casal decidisse como dividir entre ambos, a depender de quem estivesse em situação mais promissora profissionalmente -, mas já é um começo."

**As informações são do Estadão Conteúdo.

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