Da esq., Eduardo Cury (PSDB), Pollyana Gama (PPS) e Flavinho (PSB)
Meon
Os três deputados federais com base eleitoral na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) gastaram R$ 1,1 milhão da cota parlamentar disponível em 2017. A verba é destinada ao custeio de gastos referentes ao exercício da atividade parlamentar no ano e não inclui, por exemplo, os salários dos parlamentares e seus assessores.
Dentre os três parlamentares da região, a deputada Pollyana Gama (PPS) lidera os gastos com R$ 429.482,06; seguida pelo deputado Eduardo Cury (PSDB), com R$ 411.344,53, e depois pelo deputado Flavinho (PSB), com R$ 259.552,35.
Pollyana consumiu quase 97% da verba, enquanto Cury usou 92,5% e Flavinho 58% da cota anual
Pollyana e Cury consumiram 96,6% e 92,5% do total da verba disponível; já o deputado Flavinho gastou 58% da cota.
O limite da cota varia de acordo com o Estado de origem do deputado. No caso de São Paulo, o teto mensal é de R$ 37.043,53 - o que equivale a R$ 444.522,36 disponíveis para cada parlamentar paulista anualmente.
No ranking das despesas da deputada Pollyana estão no topo os gastos com divulgação da atividade parlamentar (R$ 114.380,00), bilhetes aéreos (R$ 89.855,90) e manutenção de escritório de apoio (R$ 69.607,46).
No topo da lista de gastos de Cury estão os bilhetes aéreos (R$ 124 mil), aluguel de carro (R$ 77.354,00) e manutenção do escritório de apoio (R$ 74.067,07).
Já Flavinho gasta mais com bilhetes aéreos (R$ 94.090,51), manutenção do escritório de apoio (R$ 76.562,38) e aluguel de carro (R$ 29.790,00).
Pollyana Gama (PPS)
A Câmara permite que, exceto em itens específicos, o valor não consumido da cota mensal seja utilizado pelo parlamentar em outro mês, desde que antes da virada do ano.
A deputada Pollyana, que mantinha seus gastos flutuando acima e abaixo do valor do teto ao longo de praticamente ano, em dezembro gastou R$ 98.833,00 sendo R$ 66.080,00 só com divulgação da atividade parlamentar.
Eduardo Cury (PSDB)
O segundo maior gasto de Eduardo Cury foi com aluguel de carro, que somou R$ 77.354,00 em 2017. Até abril, o parlamentar alugava um carro de uma locadora de Brasília e outro de uma empresa de Jacareí.
Porém, a partir de maio, Cury passou a alugar dois carros em Jacareí. Os dois veículos ficam à disposição do mandato mesmo nos feriados prolongados ou recesso das festas de fim de ano.
De acordo com as placas registradas na prestação de contas, o Meon apurou que Eduardo Cury aluga uma SUV Captiva 2.4 Sport 2014/2015 e um Chevrolet Cobalt 1.8A LTZ 2016/2017, por R$ 4.750 e R$ 2.800, respectivamente (valores declarados em dezembro).
Flavinho (PSB)
O deputado Flavinho, apesar de ter consumido valor da sua cota bem abaixo dos seus colegas da região, gastou em dois itens valores superiores aos de Cury e Pollyana.
Os gastos em manutenção de escritório chegam a R$ 76.562,00 superiores ao do deputado Cury ( R$ 74.067,00) e da deputada Pollyana (R$ 69.607,00). Com hospedagem, Flavinho gastou R$ 27.067,00 já Cury consumiu R$ 7.416, e Pollyana, R$ 2.505,00.
Outro lado
O Meon procurou as assessorias de Cury e Pollyana, mas os dois deputados federais não comentaram os gastos. Já o deputado Flavinho disse, por meio de sua assessoria de Imprensa, que todos os gastos permitidos pela Cota Parlamentar são lícitos, legais e necessários para o desenvolvimento de um mandato que tenha eficácia e excelência.
“Sou muito criterioso com o uso da Cota e assim o faço desde o início do meu mandato. Consigo manter meus gastos mensais utilizando em média 50% a 60% do valor total que me é disponibilizado”, disse o deputado, por meio de sua assessoria.
Boleto
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