Mãe leva policiais a local onde corpo da criança foi enterrado em Cruzeiro
Reprodução/FB
O menino João Pedro Albano Ribeiro, de 3 anos, foi espancado até a morte e teve o corpo enterrado pela mãe e pelo padrasto em um terreno baldio na noite de sexta-feira (18), em Cruzeiro. O corpo da criança foi localizado pela Polícia Civil neste domingo (20), após depoimento do casal.
Os dois foram presos por homicídio e ocultação de cadáver.
João Pedro estava sendo procurado pelo pai, Juan Ribeiro, desde a manhã de sábado (19). Juan foi informado pela mãe que o menino havia desaparecido após ir ao banheiro, que fica na área externa da casa, por volta das 6h. Desde então, o pai mobilizou amigos e familiares em busca do filho por toda a cidade. Na manhã deste domingo, em depoimento à Polícia Civil, a mãe, Taís Albano, mudou a versão e confessou que o filho estava morto. Ela, no entanto, nega a acusação de homicídio.
"A mãe alegou que batia na criança, mas não com violência, não pra matar. Disse que na sexta-feira o menino estava com diarreia e vômito, e por conta disso teria passado mal e morrido", relata o policial Marcos de Castro, chefe da investigação da Delegacia Seccional de Cruzeiro.
Já o companheiro de Taís, que não teve o nome informado pela polícia, disse que João Pedro foi espancado até a morte. "Ele disse que a mãe espancou a criança, que o menino perdeu a respiração e morreu. Quando perceberam que a criança estava morta, eles decidiram enterrar o corpo", afirmou Castro.
João Pedro, 3 anos, morto na
sexta-feira em Cruzeiro
Reprodução/FB
O casal levou os policiais até o local onde o menino foi enterrado, em um matagal perto da Rodovia SP-52, em um bairro vizinho à Vila Brasil, onde os dois moravam com a criança. O corpo da criança foi resgatado e encaminhado para o IML (Instituto Médido Legal) --os exames devem apontar as agressões que João Pedro sofreu e a causa da morte.
Os dois estão presos em Cruzeiro e deverão passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (21), quando a Justiça deverá analisar o pedido de prisão preventiva.
Segundo Castro, Taís não tinha nenhuma passagem pela polícia. "Hoje ficamos sabendo que vizinhos e conhecidos da familia já tinham visto sinais de agressão e maus tratos no menino. Pelo menos aqui [Polícia Civil], não chegou nenhuma denúncia contra ela", disse o investigador.
Já o companheiro dela tinha passagem por furto e roubo, segundo o investigador.
Comoção
O crime repercutiu nas redes sociais e chocou os moradores de Cruzeiro e de toda a região. Segundo familiares, Juan passou mal ao saber da morte do filho e teve de ir para o hospital. Ele brigava pela guarda da criança.
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