Votei, mas não gostei: bancada da RMVale critica projeto, mas vota a favor
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A bancada da RMVale na Câmara dos Deputados, em Brasília, se posicionará favorável à intervenção das forças armadas na cidade do Rio de Janeiro, assinada pelo governo Temer (MDB) e que será votada na noite desta segunda (19) em plenário.
Por meio de suas contas no Facebook, Pollyana Gama (PPS), Eduardo Cury (PSDB) e Flavinho (PSB) explicaram a situação e tentaram justificar seus votos.
Embora tenham usado de tons diferentes, o constrangimento foi a tona dos três discursos, cada um com pouco mais de dez minutos.
O mais constrangido dos três foi Eduardo Cury. No plenário, o tucano ressaltou o caráter de urgência da medida, mas observou que o exército “não foi treinado para incursão em cidades e, muito menos, em favela”.
“Vou votar a favor, mas estou inseguro. Estaremos dando um cheque em branco para um monte de irresponsáveis e corruptos (referindo-se aos políticos do Rio)”, enfatizou.
No fim de seu pronunciamento, que durou pouco mais de dez minutos, o parlamentar admite que, provavelmente, haverão sérios problemas nas incursões.
“Vamos apoiar as forças armadas. Devem ocorrer mortes, ocorrer prisões. Temos que apoiar as forças do lado do bem, mesmo que ocorram equívocos”.
Politicagem
O deputado Flavinho também criticou a medida na qual declarou votar a favor. De acordo com ele, trata-se de uma medida “politiqueira” do governo de Michel Temer.
“Tenho um carinho muito grande pelo povo carioca, por isso dói no meu coração quando vejo a situação em que a cidade se encontra. Solução (a intervenção) não é. Fere o pacto federativo. É atitude politiqueira em ano eleitoral. Mas como deixar do jeito que está? Vou votar a favor, mas não por política, mas por causa do povo carioca”, comenta.
Amenizou
Já a deputada Pollyana Gama preferiu um tom mais ameno, mesmo sem deixar de ‘alfinetar’ a medida.
Também pelo Facebook, a parlamentar afirmou que é favorável, mas vê a solução adotada pelo governo federal com ressalvas.
“Paralela à questão da violência estão problemas políticos e administrativos do Estado. Não é algo para longo prazo, mas uma tentativa de atingir o núcleo estrutural do crime”, diz.
A votação, que começou na noite desta segunda, ainda não havia terminado até o fim desta reportagem.
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