Item não estará na cartilha, mas foi incluso em material de divulgação
Divulgação
Uma confusão no material de divulgação da nova cartilha de segurança que as empresas de ônibus irão disponibilizar aos passageiros gerou protesto de mulheres na tarde desta sexta-feira (9) na rodoviária velha de São José.
De acordo com o material, uma das dicas de segurança sugeridas pela cartilha, elaborada pela Polícia Militar, seria o uso de roupas discretas por parte dos usuários do transporte urbano.
A vereadora Amélia Naomi (PT) criticou a orientação na última sessão de Câmara, na quinta-feira (8), justamente o Dia Internacional da Mulher.
De acordo com a parlamentar, tal dica insinua que, em casos de assédio dentro do ônibus poderiam ser culpa de um traje ‘inadequado’ por parte da mulher.
O protesto, organizado pela própria vereadora, usou cartolinas em forma de vestimentas com frases como “o assédio não é passageiro” ou “ensine o homem a respeitar, não a mulher a temer”.
‘Dica nunca esteve na cartilha’
A Busvale, que representa as empresas de ônibus que prestam serviço na cidade, afirmou que o alvo do protesto não consta no material, já que a frase foi suprimida mesmo antes da cartilha ir à gráfica.
De acordo com a assessoria, a dica estava entre uma das orientações passadas pela PM de São Paulo. Após uma reunião, que aconteceu nesta terça-feira (6), as partes envolvidas decidiram retirar a frase para evitar mal entendido.
À época da divulgação da cartilha, a reportagem do Meon já havia questionado o item. Como resposta da Busvale afirmou que tratava-se de uma orientação para que as pessoas não deixem à mostra relógios, pulseiras e correntes de valor, assim como foi noticiado posteriormente no portal.
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