A Comissão de Ética da Câmara de São José dos Campos recebeu nesta sexta-feira (26) duas representações contra o vereador Maninho Cem Por Cento (PTB) por quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa.
O petebista é acusado de usar um de seus assessores na Câmara, durante horário de expediente, para atendimento no balcão de anúncios do jornal que publica na zona leste da cidade.
Uma das representações foi apresentada pelo diretório do PPL, representado pelo presidente, Jean Santos, e pelo vice, Adelmo Macedo. A outra denúncia tem como autor o ex-candidato a vereador Lenivaldo Barbosa da Silva, o pastor Leno (PSC).
Os documentos foram protocolados no gabinete do presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB), e remetidos em seguida ao presidente da Comissão de Ética, Lino Bispo (PR).
Maninho Cem Por Cento durante a posse na Câmara; ele não comentou acusações
Divulgação/CMSJC
Trâmites
As representações poderão resultar em advertência ao vereador denunciado ou na abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra ele. Há ainda a possibilidade de arquivamento das denúncias, caso sejam consideradas infundadas pela Comissão de Ética.
"A comissão só pode atuar se for provocada. Com essas duas representações, iremos nos reunir na próxima semana para analisar o caso e os possíveis andamentos", disse Lino Bispo ao Meon.
A Comissão de Ética é composta por cinco vereadores. Além do presidente, integram o colegiado um revisor --o vereador José Dimas (PSDB), líder do governo na Câmara-- e três relatores --Sérgio Camargo (PSDB), Wagner Balieiro (PT) e Marcão da Academia (PTB).
"Se houver consenso sobre o encaminhamento a ser dado, bem. Se não houver, decidiremos pelo voto da maioria dos membros", afirmou o presidente da comissão.
A data da reunião que selará o futuro das representações ainda não foi definida.
Perfil
Afilhado político do ex-deputado Alexandre da Farmácia (PTB), Maninho Cem Por Cento cumpre o seu primero mandato na Câmara. Ele foi eleito com 3.491 votos --foi o 18º mais votado entre os 21 eleitos para a atual legislatura.
As denúncias protocoladas nesta sexta-feira na Comissão de Ética já são alvo de um inquérito no Ministério Público.
Maninho foi procurado pelo Meon, mas não retornou as ligações.
Boleto
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