A coronel Eliane Nikoluk, comandante da PM
Arquivo/Meon
A coronel Eliane Nikoluk, comandante da Polícia Militar na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, disse não acreditar na migração de criminosos para cidades paulistas durante a intervenção militar no Rio de Janeiro. No entanto, ela pede à população da RMVale que denuncie anonimamente quaisquer situações consideradas suspeitas.
“Não há motivo para preocupação, mas acho que a população deve ficar preocupada no sentido positivo, no sentido de ficar constantemente vigilante. Eu faço um apelo a todos: colaborem com a PM, denunciem anonimamente qualquer atitude suspeita. Isso vai tornar nossa ação mais cirúrgica”, disse a comandante ao Meon, após o lançamento da Operação Rochedo, na última quarta-feira (28), em Taubaté.
De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, a operação mobiliza 930 homens, 250 viaturas, 100 motos, dois helicópteros, oito cães e 30 cavalos. As ações terão como foco principal a via Dutra, na divisa entre Queluz (SP) e Resende (RJ) e a rodovia Rio-Santos, entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ).
A comandante do CPI 1, coronel Eliane Nikoluk, disse que não acredita na migração de criminosos fluminenses porque isso não ocorreu em ações anteriores realizadas pelo Exército no Rio, como na Copa de 2014 e na Conferência Eco-92.
“A Operação Rochedo não será realizada apenas nas áreas de divisa com Rio de Janeiro, mas em toda a região. Nós começamos o planejamento destas ações antes mesmo da intervenção federal no Rio de Janeiro. Há mais de dois anos a PM tem fortalecido o trabalho integrado com as demais forças de segurança da região. Criamos, inclusive, um núcleo integrado de inteligência regional”, disse Nikoluk.
Segundo ela, esse núcleo se reúne periodicamente e é constituído por representantes da PM, Polícia Civil, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, Polícia Ambiental, Aeronáutica e das prefeituras, entre outros.
“Nesses encontros já tínhamos feito uma avaliação dos efeitos de possíveis consequências de uma intervenção federal no Rio de Janeiro. E a ação integrada que realizamos na semana passada [dias 19 e 20 de fevereiro] foi resultado dessas avaliações”, disse a coronel.
Mas ela ressalta que se houver migração para o território paulista será de tráfico de armas e drogas. “Por isso é muito importante a colaboração da população. Ao perceber uma pessoa diferente na rua, em atitudes ou comportamentos suspeitos, os moradores da região devem ligar imediatamente à polícia e denunciar”, afirmou a comandante.
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