Por Meon Em RMVale

Três cidades da RMVale têm mais eleitores do que habitantes

Pesquisa mostra que outros 26 municípios no estado de São Paulo possuem essa característica

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Lagoinha, Redenção da Serra e Arapeí têm um número maior de eleitores do que  habitantes 

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Um estudo da CNM (Confederação Nacional de Municípios) mostrou que três cidades da RMVale possuem uma quantidade maior de eleitores do que de habitantes.
A pesquisa utilizou dados estatísticos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), divulgados em maio deste ano, para analisar o número de eleitores na região sudeste do país.

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De acordo com o estudo, Lagoinha, Arapeí e Redenção da Serra têm mais eleitores do que habitantes. Esses três municípios se juntam a outros 26 no estado de São Paulo e 105 na região Sudeste. Apenas o Espírito Santo não tem cidades que se enquadram nesta situação.

Entre os municípios do estado de São Paulo, Lagoinha é o segundo que tem a maior diferença entre população e eleitores. São 5.585 pessoas que possuem título de eleitor na cidade contra 4.943 que moram na cidade. Já Redenção da Serra tem 4.059 eleitores para uma população de 3.908 habitantes. Por fim, Arapeí é a cidade da região que mostra a menor diferença entre os dados. São 2.559 eleitores e 2.509 pessoas que moram no município.
Segundo o TSE, a explicação para essa diferença se deve à flexibilidade que o domicílio eleitoral possibilita ao permitir ao cidadão morar em uma cidade e votar em outra.

Análise

Para Moacir Santos, historiador e professor de economia política na Unitau (Universidade de Taubaté), esse fenômeno é causado porque muitos jovens que moram nestas cidades menores buscam oportunidades em outras cidades. “Isso não é errado. Eles buscam essas oportunidades de estudo ou trabalho, mas preferem manter um vinculo com a cidade natal”, afirmou.

O professor, porém, acredita que esse movimento pode não ser benéfico para os municípios. “A política não é apenas o processo eleitoral. Em outra cidade, o eleitor perde o contato com o município de origem e não tem como ele fazer uma leitura, uma análise. Portanto, essa participação política não se dá de fato”, explicou Moacir.

 

 

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