Batata puxou o aumento no preço da cesta básica em maio
Arquivo/Meon
O preço da cesta básica na RMVale registrou aumento de 1,20% no preço em maio em relação ao mês anterior. O levantamento foi feito pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).
Este foi o segundo aumento consecutivo da cesta na região. A alta foi registrada após a paralisação dos caminhoneiros, na segunda metade do mês passado.
O levantamento foi feito com base em quatro cidades da região: São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão. O preço da cesta com 44 produtos, entre alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal, é de R$ 1.557,18 contra R$ 1.538,79 em abril. O valor representa um comprometimento de 32,64% dos ganhos de uma família com renda média de cinco salários mínimos (R$ 4.770).
Entre as cidades pesquisadas, Caçapava apresentou o maior aumento, com 1,95% e São José dos Campos teve a cesta mais cara, custando R$ 1.570,10. Na contramão dessas cidades, Taubaté registrou o menor aumento, com 0,51% e também a cesta mais barata, com o custo de R$ 1.548,56.
Items
O grande 'vilão' da cesta deste mês foi a batata, que registrou aumento de 58,93% em 15 dias, durante a greve dos caminhoneiros. O preço médio do item saltou de R$ 2,80 antes da paralisação para R$ 4,45 depois da greve. O tomate (29,14%), o frango (22,88%), abobrinha (20,82%), a cenoura (20,27%), a cebola (17,06%), o contrafilé (9,75%), o leite (7,72%), o acém (7,16%) e a banana prata (6,86%) também tiveram aumento nos preços.
De acordo com Odir Castanhede Guarnieri, Economista e Coordenador do Nupes, o aumento do preço da cesta básica foi reflexo da greve dos caminhoneiros, que aconteceu no final do mês passado. “O preço de alguns itens, como a cebola, por exemplo, vinha em alta, mas com a paralisação teve uma distorção muito grande dos preços. Esse foi um evento atípico, mas acabou acontecendo”, afirmou Guarnieri.
Para próximo mês, o economista prevê uma redução no preço das cestas básicas, porém isso não significa uma melhora na economia. “Muito provavelmente vamos ter uma queda nesses preços, mas pelo fato de que os valores de muitos itens vão voltar ao normal. Então não vai ser porque a economia vai melhorar, e sim porque tudo vai normalizar”, explicou.
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