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CCR RioSP nega ter havido amputação durante retirada de vítima das ferragens

Empresa explica circunstâncias de acidente em Lavrinhas envolvendo falso médico

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

17 MAR 2022 - 20H24

Reprodução

Nesta quinta-feira (17), a CCR RioSP (antiga CCR Nova Dutra) emitiu nota em que nega que a vítima de um acidente em Lavrinhas, no domingo passado (14), tenha tido a perna amputada enquanto era retirada das ferragens. A nota foi divulgada em meio à descoberta de que um homem que participou daquele atendimento usava CRM de médico já falecido, inativo desde 1982.

A empresa afirmou que a vítima, de 36 anos, recebeu os primeiros atendimentos emergenciais por equipes do Corpo de Bombeiros e de socorristas da Enseg, empresa contratada pela concessionária; e que uma segunda equipe de resgate passou a coordenar os procedimentos após o início do desencarceramento (retirada da vítima das ferragens do carro).

Procedimentos

Iniciado o socorro, foram adotados todos os protocolos de atendimento pré-hospitalar, que permitiram a estabilização da vítima para transferência ao pronto-socorro de Lorena, segundo a empresa.

A CCR RioSP acrescentou que, devido à laceração e esmagamento da perna esquerda (conforme boletim de ocorrência do Corpo de Bombeiros), os profissionais administraram oxigênio em alta concentração, fizeram torniquete na perna lesionada e monitoraram sinais vitais até a conclusão do desencarceramento.

“Nenhum procedimento de amputação ocorreu durante o desencarceramento e o atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros e equipe da Enseg, empresa contratada pela concessionária, ou mesmo durante a transferência da vítima ao pronto-socorro de Lorena”.

Impostor

Com relação ao falso médico, a concessionária afirmou que ele foi desligado imediatamente e não presta mais serviços à terceirizada Enseg, tampouco à CCR.

“Foram realizadas diversas apurações técnicas e a concessionária está prestando apoio às autoridades competentes na apuração dos fatos”. Além disso, segundo o grupo, além de solicitar o desligamento imediato do falso profissional, “já revisamos e aprimoramos os procedimentos adotados pelo fornecedor terceirizado”.

Sem registro

Segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), o investigado utilizou diploma falso ao protocolar pedido de inscrição junto ao conselho. Ele foi denunciado ao Ministério Público Federal e preso na terça-feira (15) em Pindamonhangaba.



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