Nesta quinta-feira (17), a CCR RioSP (antiga CCR Nova Dutra) emitiu nota em que nega que a vítima de um acidente em Lavrinhas, no domingo passado (14), tenha tido a perna amputada enquanto era retirada das ferragens. A nota foi divulgada em meio à descoberta de que um homem que participou daquele atendimento usava CRM de médico já falecido, inativo desde 1982.
A empresa afirmou que a vítima, de 36 anos, recebeu os primeiros atendimentos emergenciais por equipes do Corpo de Bombeiros e de socorristas da Enseg, empresa contratada pela concessionária; e que uma segunda equipe de resgate passou a coordenar os procedimentos após o início do desencarceramento (retirada da vítima das ferragens do carro).
Iniciado o socorro, foram adotados todos os protocolos de atendimento pré-hospitalar, que permitiram a estabilização da vítima para transferência ao pronto-socorro de Lorena, segundo a empresa.
A CCR RioSP acrescentou que, devido à laceração e esmagamento da perna esquerda (conforme boletim de ocorrência do Corpo de Bombeiros), os profissionais administraram oxigênio em alta concentração, fizeram torniquete na perna lesionada e monitoraram sinais vitais até a conclusão do desencarceramento.
“Nenhum procedimento de amputação ocorreu durante o desencarceramento e o atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros e equipe da Enseg, empresa contratada pela concessionária, ou mesmo durante a transferência da vítima ao pronto-socorro de Lorena”.
Com relação ao falso médico, a concessionária afirmou que ele foi desligado imediatamente e não presta mais serviços à terceirizada Enseg, tampouco à CCR.
“Foram realizadas diversas apurações técnicas e a concessionária está prestando apoio às autoridades competentes na apuração dos fatos”. Além disso, segundo o grupo, além de solicitar o desligamento imediato do falso profissional, “já revisamos e aprimoramos os procedimentos adotados pelo fornecedor terceirizado”.
Segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), o investigado utilizou diploma falso ao protocolar pedido de inscrição junto ao conselho. Ele foi denunciado ao Ministério Público Federal e preso na terça-feira (15) em Pindamonhangaba.
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