Por Meon Em RMVale

Capoeiristas contestam taxa cobrada para uso do Vicentina Aranha

Abaixo-assinado contra cobrança já reuniu mais de 700 adesões em São José

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Roda de capoeira acontece uma vez por mês em São José dos Campos 

Divulgação/ Academia de Capoeira Besouro Mangangá

Um grupo de capoeiristas de São José dos Campos criou um abaixo-assinado contra a cobrança de R$ 160 para utilizar as instalações do Parque Vicentina Aranha, na região central da cidade. Mais de 700 pessoas já assinaram a petição na internet para realizar a roda de capoeira gratuitamente.

O encontro é organizado por Everaldo Bispo, conhecido como Mestre Lobão, todo primeiro sábado do mês com participação de aproximadamente 80 pessoas. Segundo Lobão, o encontro acontecia há cerca de cinco anos e sempre foi aberto à participação de qualquer interessado. 

Em outubro, ele disse que a direção do parque o procurou informando que o grupo teria que pagar R$ 160 por mês para continuar com as atividades. 

“Os gestores do Vicentina Aranha me chamaram para conversar e comunicaram que partir de outubro teria que pagar a taxa. Não cobro mensalidade e não ganho dinheiro, não concordo em  ter que pagar para usar o espaço público”, afirmou Mestre Lobão.

O capoeirista disse que, no último sábado (1º), comunicou aos participantes que seria a última vez que o evento ia ser realizado no parque por causa da taxa. Os alunos se organizaram e decidiram realizar o abaixo-assinado para chamar a atenção dos gestores do local.

“Decidi montar a petição [abaixo-assinado] porque acredito que seja um desrespeito com o Mestre Lobão, que realiza esse trabalho voluntário há anos e com a capoeira. Com o documento quero dar visibilidade ao que está acontecendo e demonstrar que a gestão pública não é dona da cidade”,  contou Luiz Alberto de Souza, de 44 anos, que organizou o abaixo assinado.

Até as 12h30 desta terça-feira (4), 728 pessoas tinham assinado o documento contra a cobrança da taxa no Parque Vicentina Aranha.

Outro lado

A administração do Vicentina Aranha  informou que o parque é aberto para todas as manifestações culturais espontâneas, como a atividade da capoeira, desde que sem fins lucrativos ou vínculos comerciais e dentro das normas do espaço. 

Os gestores informaram ainda que não houve nenhum impedimento da continuidade da atividade, apenas um convite para a nova normatização destinada a empresas privadas.

De acordo com a administração, o grupo pode continuar com a Roda de Capoeira, porém a atividade não será incluída na programação oficial ou divulgada nas redes sociais do Vicentina.

A gestão do Parque informou ainda que fez um convite no final de 2017 às empresas que já compunham a Programação Oficial do Programa Vicentina Qualidade de Vida, incluindo a Academia de Capoeira Besouro Mangangá, para participarem do projeto Empresas Amigas do Parque.

Neste projeto, as empresas privadas são beneficiadas com contrapartidas de visibilidade de marca em todos os canais do Parque e veículos de mídia, mediante uma contribuição mensal no valor de R$ 160.

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