Um atraso no pagamento dos salários de funcionários da saúde pública de Aparecida (SP) gerou uma série de transtornos nesta quinta-feira (14), afetando diretamente os serviços prestados à população. Enfermeiros e técnicos de enfermagem, responsáveis por tarefas essenciais como aplicação de vacinas, coleta de exames, aferição de pressão e entrega de medicamentos, decidiram suspender suas atividades como forma de protesto, embora não haja paralisação total.
A situação foi confirmada pela Prefeitura de Aparecida, que alegou dificuldades financeiras devido ao atraso no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais fontes de recursos para a administração municipal. O município atravessa uma crise financeira desde 2019, que se intensificou com os impactos econômicos da pandemia de Covid-19. A dívida ativa municipal, atualmente em R$ 130 milhões, tem dificultado a realização de pagamentos, afetando, entre outros serviços, a saúde pública.
Em nota, a Prefeitura explicou que, devido ao valor insuficiente do repasse do FPM no dia 10 deste mês, priorizou o pagamento à Santa Casa de Misericórdia, por se tratar de um serviço de urgência. A gestão municipal informou que o pagamento dos profissionais da empresa prestadora de serviços de saúde será efetuado na próxima semana, após o recebimento da segunda parcela do FPM.
Apesar do protesto, a prefeitura garantiu que os serviços essenciais de saúde não foram totalmente interrompidos. Alguns profissionais foram remanejados para garantir a continuidade do atendimento à população.
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