Estado solicitou 1,5 milhão de doses para agosto, mas não recebeu as vacinas
Reprodução/Agência Brasil
Cidades da RMVale podem não realizar a Campanha de Vacinação contra a raiva este mês. O motivo é um problema no fornecimento da medicação, ofertada pelo Governo Federal.
Em São José dos Campos, o secretário de saúde, Danilo Stanzani, informou nesta terça-feira (13) que até o momento o município não recebeu nenhuma dose e que só vai realizar a campanha quando as vacinas forem entregues. O comunicado foi dado durante entrevista ao programa A Voz do Vale, da Rádio Logos FM.
No Litoral Norte, Caraguatatuba também está na mesma situação: não há vacinas no estoque para o mês de agosto e, por tanto, não haverá campanha. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disse que aguarda um posicionamento do Comitê Estadual de Vigilância e Controle da Raiva-Instituto Pasteur para que, em novembro, seja feito o repasse das vacinas necessárias.
O mesmo ocorre em Taubaté, que informou que o CCZ também não recebeu doses da vacina antirrábica, e que por conta disso fez nos dias 27 de julho e 3 de agosto ações de vacinação na zona rural do município com o estoque disponível no município.
Já em outros municípios, como Jacareí, o trabalho de vacinação contra a raiva em cães e gatos acontece desde março e a previsão é que a campanha seja encerrada em setembro. A Assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde da cidade informou que recebeu a quantidade exata para aplicar a dose durante esse período.
Em Pindamonhangaba, a Prefeitura anunciou nesta terça-feira que fará a campanha de vacinação contra a raiva até o próximo dia 21 de setembro. A administração disse que a cidade recebeu 20 mil doses e que isso acontece em razão dos casos de raiva registrados na cidade em 2016 e 2018 em animais de grande porte.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada e informou por meio de nota que solicitou ao Governo Federal 1,5 milhão de doses da vacina para animais (gato e cachorro) apenas para o mês de agosto. Porém, de acordo com a pasta, até o momento o órgão federal não entregou nenhum quantitativo.
A Secretaria de Vigilância Sanitária, vinculada ao Ministério da Saúde, disse que de janeiro a julho entregou 7 milhões de doses em todo o País, sendo que desse total 1,5 milhão foi encaminhada ao estado de São Paulo.
Indagada, a pasta afirmou que para agosto houve um problema técnico na produção e entrega da vacina que é fornecida por um laboratório. O Ministério da Saúde afirmou também que trabalha para solucionar o atraso e que as doses serão enviadas aos estados assim que a produção for normalizada.
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.