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Após greve, trabalhadores da Eaton conquistam valor maior na PLR

Empresa se compromete a discutir implementação de vale-alimentação, em fevereiro

Escrito por Meon

29 JAN 2025 - 15H37 (Atualizada em 29 JAN 2025 - 22H52)

Reprodução

A mobilização trouxe conquistas para os trabalhadores da Eaton, na zona sul de São José dos Campos. Após a greve, realizada na sexta-feira (24), a empresa revisou as metas e aumentou o valor da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), referente a 2024. A proposta foi aprovada em assembleias, nesta quarta-feira (29).

Em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, na terça (28), a Eaton reconsiderou a aferição das metas e ofereceu R$ 680 a mais no valor da segunda parcela da PLR. A empresa também pagará aos trabalhadores duas horas que havia descontado de uma paralisação no ano passado. Com isso e com o valor que a fábrica depositou de PLR em janeiro, os operários receberão cerca de R$ 1.200, no total. A diferença de valores será depositada em fevereiro.

Além disso, o acordo aprovado prevê estabilidade no emprego de 60 dias para todos da fábrica. Assim, ninguém pode ser demitido até o fim de março.

Com relação à implementação do vale-alimentação na fábrica, outra reivindicação dos metalúrgicos, a Eaton se comprometeu a estudar o tema e discuti-lo com o Sindicato no fim de fevereiro.

“Os trabalhadores da Eaton mostraram que só se conquista direitos com luta e união. Se não fosse a greve, a segunda parcela da PLR não chegaria nem a R$ 200, valor muito abaixo dos R$ 1.200 previstos no acordo de 2024”, explica o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho.

“Celebramos a vitória sobre a PLR, mas mantemos a luta pelo vale-alimentação até que a Eaton se manifeste sobre a implementação desse benefício, no fim de fevereiro. O VA é muito importante para complementar a renda dos trabalhadores e dele não abrimos mão”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Histórico

A luta dos trabalhadores da Eaton começou no dia 20 de janeiro, quando aprovaram estado de greve para que a empresa aumentasse o valor da segunda parcela da PLR e implementasse o vale-alimentação. Sem retorno da fábrica, a greve foi deflagrada na sexta-feira (24). O processo de negociação com o Sindicato só começou após a paralisação, suspensa no sábado (25).

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