Irregularidades estariam relacionadas ao contrato com OS de saúde
Arquivo/Meon
Após apresentarem o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurava irregularidades em contratos de saúde de Paraibuna, vereadores pedem a cassação do prefeito Vitor de Cassio Miranda, o Vitão (PSDB).
De acordo com o vereador Marcelo André (PT), presidente da CPI instaurada em junho de 2017, foram encontradas pouco mais de 90 irregularidades nos contratos com a Gamp (Gestão de Apoio a Medicina Preventiva e a Saúde Pública), organização social (OS) que presta serviços ao município.
A OS foi contratada para administrar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. De acordo com o relatório, que conta com 19 páginas, há diferença não explicada de R$ 570 mil no valor pago para a entidade e o valor declarado.
“Esta é uma das principais irregularidades encontradas quando conciliamos os extratos bancários. Agora vamos pedir a cassação do prefeito assim que a pauta for para o plenário”, comenta o vereador.
Além da diferença entre valores pagos e declarados, o documento afirma ainda que a OS por muitas vezes descumpriu com a determinação de fornecer medicamentos e até médicos aos pacientes.
“Em muitas situações, o médico da prefeitura, concursado, fazia o plantão e, mesmo assim, o médico da OS também recebia pelo serviço. Ou seja, a administração pagava duas vezes pelo trabalho que só foi executado por uma pessoa”, diz o vereador.
Agora o vereador aguarda que o pedido de cassação seja colocado em pauta, o que depende do presidente da Câmara, o vereador Edinho França (PSB).
Outro lado
Até o fim da apuração desta reportagem, o Meon não obteve respostas do prefeito. Entretanto, sua assessoria de imprensa classificou a acusação de eleitoreira e sem fundamentos. A Gamp não foi encontrada para prestar esclarecimentos.
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