Por Elaine Rodrigues Em RMVale

Aerovale inaugura operação em 30 de dezembro em Caçapava; São José fica sem voos a partir de 14 de novembro

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Aerovale avança com obras e quer conquistar voos nacionais e internacionais

Divulgação/Aerovale

O Aerovale, aeroporto privado e condomínio empresarial em fase de construção em Caçapava, em operação no dia 30 de dezembro de 2014 com meta audaciosa: tornar-se um empreendimento internacional já em 2015.

Na mesma semana em que Rogério Penido, idealizador e empresário responsável pelo Aerovale, anunciou a intenção de atrair voos nacionais e internacionais para Caçapava, a Azul Linhas Aéreas decretava o fim da operação no recém-reformado aeroporto de São José dos Campos no dia 14 de novembro.

Penido afirma que ainda não especulou a possibilidade da Azul passar a operar no Aerovale, mas acredita que os voos comerciais virão para seu empreendimento como uma consequência da infraestutrura e vantagens que serão ofertadas. 

"Teremos tudo aqui. Não tenho dúvidas que assim que entrar em funcionamento, as operadoras aéreas virão naturalmente. Seremos procurados por essas empresas e traremos voos para cá. Não só nacionais como internacionais", afirma o empresário.

Na visão de Penido, a decisão da Azul Linhas Aéreas foi consequência da falta de visão da Infraero para o aeroporto de São José, e ainda pelo fato do espaço ser militarizado.

"A infraero investiu milhões num terminal de carga e em dois anos só deve ter recebido dois voos de carga até hoje. É muito caro descer aqui. Fora essa coisa do envolvimento do DCTA e da Embraer. Isso afasta as empresas. Aqui seremos um empreendimento totalmente comercial, com certeza vai dar certo".

Dos 305 lotes disponibilizados no Aerovale, 125 já foram vendidos para empresas do setor aeroespacial, entre outras indústrias e comércio. No condomínio, além de 177 hangares, haverá empresas de taxi aéreo, mecânica de aeronaves, fornecedores de combustível, entre outros. A pista de 1.550 metros já está praticamente pronta.

Nos próximos meses, segundo Penido, além da liberação para voos executivos, tanto no aeródromo quanto no heliporto, a Anac (Agencia Nacional de Aviação Civil) deverá aprovar o tráfego aéreo em Caçapava. "Em seguida vamos requerer a liberação dos voos internacionais", conclui.

São José
Em São José dos Campos, a prefeitura tenta reverter a decisão da Azul Linhas Aéreas e manter os voos na cidade.  Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia informou que já foram feitos contatos com a Azul, com a Infraero e com a Secretaria Nacional de Aviação Civil.

"A administração municipal também tem apresentado a diversas companhias aéreas informações sobre o potencial da cidade e as novas facilidades oferecidas pelo aeroporto após a reforma", informa a nota.

A Infraero investiu R$ 16,68 milhões na modernização do terminal. A área de embarque e desembarque, que antes era de 882 metros quadrados, ficou cinco vezes maior, com 5,9 mil metros quadrados, aumentado a capacidade de atendimento de 200 mil para 500 mil passageiros ao ano. O aeroporto também recebeu novos guichês de check-in, salas comerciais e capacidade de até três vôos simultâneos.

No dia 18 de setembro, o aeroporto joseense foi classificado como o terminal aeroportuário regional com maior potencial de desenvolvimento econômico do país. O estudo, que traz uma relação dos 100 aeroportos regionais brasileiros, foi feito pela empresa de Inteligência de Mercado Urban Systems e divulgado na Airport Infra Expo & Aviation Expo 2014, realizada de 17 a 19 de setembro, em São Paulo.

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