O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta terça-feira (8) que dois cidadãos chineses foram capturados enquanto combatiam ao lado das forças russas na região de Donetsk, no leste do país. Segundo Zelensky, essa é a primeira vez que soldados com passaporte chinês são feitos prisioneiros pelas forças ucranianas desde o início da guerra. Ele afirmou ainda que há indícios de que mais chineses estejam atuando ao lado das tropas russas e ordenou contato imediato com o governo de Pequim para cobrar explicações.
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Os dois capturados estavam com documentos pessoais, cartões bancários e outros pertences, e agora estão sob custódia do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Zelensky ressaltou que a presença de combatentes chineses no conflito europeu é um sinal de que Vladimir Putin está recorrendo a qualquer meio para manter a guerra em andamento. Ele pediu uma resposta firme dos Estados Unidos, da Europa e da comunidade internacional, alertando sobre os riscos da ampliação do envolvimento de países estrangeiros no conflito.
Zelensky afirmou que os serviços de inteligência ucranianos já trabalham em conjunto com agências parceiras para investigar a real extensão da presença chinesa nas fileiras russas. “É uma situação grave. Cada novo elemento que surge mostra que essa guerra deixou de ser apenas uma invasão russa — ela virou um campo de alianças perigosas”, disse o presidente.
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A China ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, a possível participação de cidadãos chineses em um conflito armado fora de seu território pode gerar tensão diplomática e repercussões internacionais. Para Kiev, o episódio reforça a narrativa de que o Kremlin está recorrendo a apoios externos para manter o avanço da guerra, enquanto tenta minimizar perdas internas e driblar sanções. A Ucrânia cobra que Pequim se posicione com transparência e responsabilidade diante da gravidade do episódio.
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