O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que deve oficializar nesta segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A decisão pode impactar diretamente o Brasil, um dos maiores fornecedores de aço para o mercado americano.
+ Receba as notícias pelo Canal do Meon no WhatsApp
Atualmente, cerca de 25% do aço e 50% do alumínio consumidos nos EUA são importados, sendo que o Brasil figura entre os principais exportadores, ao lado de Canadá, México e países asiáticos. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, segundo dados do Departamento de Comércio americano.
A medida reacende o receio de uma guerra comercial global, especialmente porque a China já começou a retaliar tarifas impostas pelos Estados Unidos. O mercado financeiro reagiu com cautela, e moedas de países afetados, como o dólar canadense e o yuan chinês, sofreram desvalorização em relação ao dólar.
O governo brasileiro, por enquanto, opta por não se manifestar oficialmente e aguarda o anúncio detalhado da Casa Branca. Especialistas alertam que a taxação pode prejudicar o setor siderúrgico nacional, levando a impactos na produção e no emprego.
Na Europa e na Ásia, as reações foram mais contundentes. A França declarou que está pronta para defender seus interesses comerciais, enquanto a União Europeia afirmou que poderá tomar medidas para proteger suas exportações. Já a Coreia do Sul, quarto maior fornecedor de aço para os EUA, convocou uma reunião de emergência com representantes da indústria para avaliar estratégias de resposta.
A expectativa agora gira em torno dos desdobramentos da decisão e da postura que os países afetados adotarão frente à nova política comercial do governo Trump.
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.