O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à reeleição pelo Partido Republicano, Donald Trump, levantou graves denúncias contra o Departamento de Justiça, acusando-o de interferir indevidamente nas eleições. Em uma publicação nas redes sociais, Trump denunciou como uma "ofensa" a divulgação de um processo judicial relacionado a ele, que trata dos eventos do dia 6 de janeiro de 2021, quando houve a invasão do Capitólio. O documento, que conta com 165 páginas, foi apresentado pela juíza Tanya Chutkan e detalha as provas que o promotor especial Jack Smith planeja utilizar em um eventual julgamento.
Trump criticou duramente a ação do Departamento de Justiça, alegando que a instituição estaria desrespeitando suas próprias diretrizes ao tomar medidas que poderiam afetar o resultado eleitoral. Ele enfatizou que, nos 60 dias que precedem uma eleição, é prática do departamento evitar ações que possam influenciar os processos judiciais. Apesar dessa prática ser comum, não há uma política formal que impeça tais intervenções.
O processo judicial mencionado expõe informações sobre as interações entre Trump e o ex-vice-presidente Mike Pence. Os promotores acusam Trump de tentar pressionar Pence a interferir na certificação da vitória de Joe Biden. A publicação deste processo trouxe à tona novos confrontos legais, particularmente em relação à imunidade de ex-presidentes, um tema debatido em decisões anteriores da Suprema Corte.
Adicionalmente, Trump pediu a um juiz federal que descartasse duas das principais acusações contra ele, argumentando que uma decisão anterior da Suprema Corte apoia essa solicitação. Até agora, a juíza Chutkan não se pronunciou sobre a realização de uma audiência ou sobre a fixação de uma data para o julgamento, mantendo o futuro do caso em aberto.
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