O que a comunidade internacional mais temia, infelizmente aconteceu. A Rússia decidiu invadir e atacar a Ucrânia, e algumas explosões já puderam ser vistas e ouvidas de cidades como Kiev. É a crise militar mais grave desde a Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939.
Vladimir Putin, presidente russo, foi à TV e afirmou que as explosões tratam-se somente de uma “operação militar especial” em Donbass, área de maioria russa ao leste da Ucrânia, próximo às regiões na qual ele reconheceu como pró-Rússia na última segunda-feira (21).
Em Kiev, inclusive, o governo local afirmou que forças russas estariam desembarcando no porto de Odessa, importante ponto no mar Negro. Além disso, segundo os porta-vozes ucranianos, cerca de seis pessoas teriam morridos em ataques com mísseis. O governo russo, contudo, nega todas as acusações.
Mesmo que os sinais sejam evidentes, Putin afirma estar apenas enviando tropas para apoiar e proteger as repúblicas de Donetsk e Lugansk. O presidente russo nega que irá ocupar o território ucraniano.
Já para Kiev, o momento é diferente. “A invasão da Ucrânia se iniciou”, dizem funcionários do alto escalão ucraniano. O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu enviar apoio de tropas americanas.
Biden ainda afirmou em pronunciamento na Casa Branca que, a investida militar de Putin poderá causar uma “perda catastróficas de vidas”. Em caso de ações armadas, o presidente americano prometeu, inclusive, ações mais duras de intervenção favorável aos ucranianos. Contudo, até o momento, os EUA anunciaram somente sanções econômicas.
As relações diplomáticas entre Rússia e Ucrânia, com isso os ataques, foram totalmente rompidas, segundo pronunciamento do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Além disso, Zelensky informou que o país está sob lei marcial. Ou seja, a partir da adoção da lei, as regras de funcionamento do país passam a ser de protocolo militar, ao invés dos vigentes protocolos civis.
O Kremlin, palácio oficial do governo russo em Moscou, destacou em nota que o rompimento das relações diplomática seria um “cenário indesejável”, e que serviria apenas para “deixar tudo mais difícil”. O presidente ucraniano, contudo, afirma que tentou ligar e conversar com Vladimir Putin, mas não foi atendido.
Nas últimas horas, após o anúncio de Putin que os ataques russos poderiam ser iniciados, o perfil da Ucrânia no Twitter, de forma ironica, publicou uma foto em que o líder nazista Adolf Hitler “acariciava” Vladimir Putin no rosto. Confira abaixo.
A relação entre Ucrânia e Rússia, que já havia ficado estremecida com a invasão e anexação da Criméia em 2014, chegou ao ápice com a intenção dos ucranianos em adentrar na Otan (Organização do Atlântico Norte), aliança ocidental criada após o fim da Segunda Guerra Mundial. Com um governo pró-Ocidente, a vontade era entrar, além da Otan, também na União Europeia.
Vendo como uma ameaça à sua mais importante fronteira, Putin interviu no flerte ucraniano com os países ocidentais e reascendeu a crise diplomática iniciada há oito anos. A Rússia contou, inclusive, com sua principal aliada, o Belarus (antiga Biolorrúsia), presidido por Alexander Lukashenko, conhecido como “o último tirano da Europa”, no poder há 28 anos.
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