O Kremlin reagiu com veemência nesta segunda-feira (18) após a decisão dos Estados Unidos de permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance para atacar alvos dentro da Rússia, intensificando a já tensa situação no conflito. A medida foi vista por Moscou como um incentivo ao prolongamento da guerra, em um momento em que os ataques russos continuam a afetar a infraestrutura e as populações civis ucranianas.
A decisão foi anunciada logo após novos bombardeios russos sobre Odessa, no Mar Negro, que resultaram na morte de oito pessoas e deixaram 18 feridas. O ataque, que aconteceu após uma série de bombardeios em larga escala no final de semana contra a rede elétrica da Ucrânia, intensificou a escalada de violência, enquanto as forças de Kiev enfrentam dificuldades para conter os avanços das tropas russas no leste do país.
A autorização para o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia foi confirmada por fontes do governo americano, que explicaram que a medida se dá como resposta ao crescente apoio militar de outros países à Rússia, incluindo o envio de tropas norte-coreanas para o conflito. A presença de cerca de 11.000 soldados da Coreia do Norte em áreas sob controle russo foi confirmada por Kiev, e a situação em Kursk, na Rússia, tem sido uma das principais frentes de combate.
Em uma declaração de forte repercussão, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, acusou os Estados Unidos de "acirrar ainda mais o conflito" e alertou que, caso a autorização seja confirmada, isso representaria uma mudança significativa na postura dos EUA em relação à guerra, elevando o grau de envolvimento americano. Peskov classificou a medida como "uma provocação" e enfatizou que, com o envio de armas mais poderosas, Washington está aumentando a intensidade do conflito e colocando em risco a estabilidade global.
A decisão de Joe Biden, que autoriza Kiev a usar mísseis de longo alcance contra alvos russos, é vista por muitos analistas como uma tentativa de equilibrar o apoio ocidental à Ucrânia em face de uma crescente colaboração militar entre Moscou e Pyongyang. Para a Ucrânia, a mudança representa uma oportunidade para atingir pontos estratégicos da Rússia, como bases aéreas e centros de comando, e tentar reverter os avanços russos no leste do país.
Apesar da pressão crescente de Washington e seus aliados, que argumentam que a Ucrânia tem o direito de se defender, o Kremlin adverte que o envio contínuo de armamentos pesados para Kiev pode prolongar o sofrimento dos civis e aumentar o risco de uma escalada ainda maior, o que afetaria a segurança global.
A medida ocorre em um contexto geopolítico delicado, com a iminente posse de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos. Trump tem se mostrado crítico da ajuda militar à Ucrânia e do envolvimento americano no conflito, o que aumenta a tensão entre as potências mundiais à medida que o cenário da guerra continua a se desdobrar.
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