Mundo

Parlamento da Coreia do Sul aprova impeachment de Yoon Suk Yeol

Decisão ocorre menos de duas semanas após presidente revogar a lei marcial

Escrito por Meon

14 DEZ 2024 - 13H17 (Atualizada em 14 DEZ 2024 - 13H20)

reprodução

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado (14/12) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, em uma votação histórica que ocorre menos de duas semanas após ele ter decretado, e logo depois revogado, a lei marcial no país. A medida gerou uma grande crise política e dividiu o país, com reações intensas tanto dentro quanto fora do Parlamento.

Dos 300 deputados, 204 votaram a favor da moção de impeachment, o que implica na suspensão imediata do presidente de suas funções. A partir de agora, o primeiro-ministro assumirá a presidência interina até que o processo seja concluído. No entanto, a aprovação no Parlamento não garante que Yoon Suk Yeol será removido permanentemente do cargo. O Tribunal Constitucional sul-coreano terá até seis meses para julgar se a decisão será confirmada ou rejeitada.

A crise foi desencadeada após o presidente Yoon Suk Yeol ter decretado a lei marcial no início do mês, o que causou alarme entre os membros do Parlamento e a população. O decreto, que visava combater protestos e manifestações contra o governo, gerou uma forte reação da oposição e da sociedade civil. Menos de 24 horas depois, Yoon revogou a medida e se viu pressionado a recuar, com legisladores e manifestantes pedindo sua saída do cargo.

Em uma declaração emitida após o anúncio da votação, Yoon afirmou: "Mesmo que eu pare por agora, a jornada em direção ao futuro em que tenho estado nos últimos dois anos e meio nunca deve parar. Nunca desistirei. Levarei a sério suas críticas, elogios e apoio e farei o meu melhor para o país até o fim."

Essa é a segunda tentativa de impeachment de Yoon Suk Yeol no Parlamento. Na semana anterior, uma proposta semelhante não obteve o apoio necessário dentro do partido governista. No entanto, desta vez, a oposição conseguiu os votos necessários para aprovar a moção, agravando ainda mais a crise política na Coreia do Sul, que enfrenta um dos momentos mais conturbados de sua história recente.

O futuro de Yoon agora depende do julgamento do Tribunal Constitucional, que decidirá se ele será definitivamente afastado do cargo ou se poderá retomar sua presidência.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Mundo

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.