O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado (14/12) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, em uma votação histórica que ocorre menos de duas semanas após ele ter decretado, e logo depois revogado, a lei marcial no país. A medida gerou uma grande crise política e dividiu o país, com reações intensas tanto dentro quanto fora do Parlamento.
Dos 300 deputados, 204 votaram a favor da moção de impeachment, o que implica na suspensão imediata do presidente de suas funções. A partir de agora, o primeiro-ministro assumirá a presidência interina até que o processo seja concluído. No entanto, a aprovação no Parlamento não garante que Yoon Suk Yeol será removido permanentemente do cargo. O Tribunal Constitucional sul-coreano terá até seis meses para julgar se a decisão será confirmada ou rejeitada.
A crise foi desencadeada após o presidente Yoon Suk Yeol ter decretado a lei marcial no início do mês, o que causou alarme entre os membros do Parlamento e a população. O decreto, que visava combater protestos e manifestações contra o governo, gerou uma forte reação da oposição e da sociedade civil. Menos de 24 horas depois, Yoon revogou a medida e se viu pressionado a recuar, com legisladores e manifestantes pedindo sua saída do cargo.
Em uma declaração emitida após o anúncio da votação, Yoon afirmou: "Mesmo que eu pare por agora, a jornada em direção ao futuro em que tenho estado nos últimos dois anos e meio nunca deve parar. Nunca desistirei. Levarei a sério suas críticas, elogios e apoio e farei o meu melhor para o país até o fim."
Essa é a segunda tentativa de impeachment de Yoon Suk Yeol no Parlamento. Na semana anterior, uma proposta semelhante não obteve o apoio necessário dentro do partido governista. No entanto, desta vez, a oposição conseguiu os votos necessários para aprovar a moção, agravando ainda mais a crise política na Coreia do Sul, que enfrenta um dos momentos mais conturbados de sua história recente.
O futuro de Yoon agora depende do julgamento do Tribunal Constitucional, que decidirá se ele será definitivamente afastado do cargo ou se poderá retomar sua presidência.
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