O presidente panamenho, José Raúl Mulino, anunciou na quinta-feira (6) a rescisão do acordo com a China, formalizando o fim da participação do Panamá na Iniciativa Cinturão e Rota, conhecida como Rota da Seda. A decisão foi tomada após intensas pressões dos Estados Unidos, que temem o crescente envolvimento chinês no estratégico Canal do Panamá.
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Mulino revelou que a embaixada do Panamá em Pequim havia notificado o governo chinês sobre o cancelamento do pacto, que exigia um aviso prévio de 90 dias, conforme as regras do acordo. “Eu tomei essa decisão”, declarou o presidente durante coletiva de imprensa, destacando que a rescisão do acordo era uma ação unilateral do Panamá.
A medida ocorre apenas quatro dias após a visita ao Panamá do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que esteve no país para discutir a crescente influência da China na região, especialmente sobre o Canal do Panamá, que é uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. O acordo de 2017, assinado durante o governo de Juan Carlos Varela, envolvia financiamento chinês para projetos de infraestrutura destinados a aumentar a conectividade global, abrangendo a Ásia, África e América Latina.
Mulino questionou abertamente os benefícios que o pacto trouxe para o Panamá, enfatizando a falta de resultados tangíveis: “O que este acordo realmente trouxe para o país? O que de importante a ‘Belt and Road Initiative’ nos proporcionou?”, disse, revelando desconforto com a parceria.
Embora o pacto fosse renovado automaticamente a cada três anos, qualquer uma das partes poderia rescindi-lo com três meses de antecedência. O presidente afirmou que a decisão de não renovar o acordo é um movimento de reavaliação da relação do país com a China, destacando que a maior parte dos benefícios prometidos pela Iniciativa Cinturão e Rota não se concretizaram.
A ação foi vista como uma vitória pelos Estados Unidos, com Marco Rubio elogiando a decisão como um passo significativo para estreitar ainda mais os laços entre o Panamá e Washington. Por outro lado, o governo chinês, por meio do porta-voz Lin Jian, reafirmou que a cooperação entre os dois países na iniciativa foi bem-sucedida, lamentando a influência de fatores externos na política panamenha.
O fim do pacto com a China marca uma mudança importante na política externa do Panamá, que agora busca reforçar suas relações com os Estados Unidos em detrimento da crescente presença de Pequim na região.
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