A turbulência, fenômeno natural que afeta fluidos como água, ar e até plasma estelar, tem sido um dos maiores desafios da física por mais de dois séculos. Esse processo caótico, que gera vórtices e redemoinhos de diferentes tamanhos, é difícil de modelar com precisão, mesmo com o uso de supercomputadores. Porém, cientistas de uma equipe internacional alcançaram um grande avanço ao desenvolver uma nova abordagem para simular a turbulência.
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O estudo, publicado em 29 de janeiro na revista Science Advances, propõe uma técnica inovadora que utiliza conceitos da computação quântica para modelar fluxos turbulentos. Isso pode ter aplicações transformadoras em diversas áreas, como no design de aviões, carros, corações artificiais e até na previsão do tempo.
Nik Gourianov, principal autor do estudo e pesquisador no departamento de física da Universidade de Un, explica que a turbulência continua sendo um enigma, já que, embora seja possível realizar simulações, a precisão completa ainda escapa, principalmente em fluxos mais complexos. “Ainda dependemos de túnel de vento para projetar aviões, mas com o que conseguimos agora, estamos ampliando as possibilidades de simulação e compreensão desse fenômeno”, disse Gourianov.
Historicamente, os cientistas tentaram simular a turbulência por meio de modelos determinísticos, que produzem os mesmos resultados a partir de condições específicas. No entanto, a abordagem recente se distanciou desse método, adotando uma modelagem probabilística que considera as flutuações aleatórias e a natureza imprevisível do fenômeno.
A verdadeira inovação do estudo foi o uso de algoritmos baseados em computação quântica. Esses algoritmos permitiram que a equipe de cientistas realizasse cálculos extremamente complexos em poucas horas, um processo que, com os métodos clássicos, levaria dias ou até semanas em supercomputadores. A computação quântica, que utiliza bits quânticos (Qbits), permite que os dados sejam processados de maneira muito mais eficiente, pois os Qbits podem representar múltiplos estados ao mesmo tempo, enquanto os bits tradicionais só podem ser 0 ou 1.
James Beattie, pesquisador da Universidade de Princeton, comentou sobre o impacto dessa abordagem. Segundo ele, ao simplificar a representação dos dados, a equipe conseguiu reduzir significativamente a quantidade de memória necessária, permitindo que simulações complexas sejam feitas em dispositivos mais simples, como laptops. Beattie descreveu o avanço como “raro e empolgante”, ressaltando o ganho de desempenho da pesquisa, que conseguiu acelerar os cálculos em mil vezes e melhorar o uso da memória em um milhão de vezes.
Esse novo método de simulação não só avança a teoria da turbulência, mas também abre portas para uma gama de aplicações práticas que podem melhorar o design e a eficiência em vários campos da ciência e engenharia.
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