O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou nesta quarta-feira (2) a prisão de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, após ele viajar para a Argentina, descumprindo uma medida cautelar imposta pela Justiça. A decisão foi tomada a partir de uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou que a viagem violou as condições de liberdade estabelecidas.
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Léo Índio, primo de três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, é réu no STF pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em uma manifestação, Léo afirmou ter deixado o Brasil devido a uma "perseguição" que sofre por parte da Suprema Corte. A defesa do réu havia confirmado, na última sexta-feira (28), que ele estava na Argentina.
Embora Léo Índio tivesse sido liberado para aguardar o julgamento em liberdade condicional, a Justiça havia cancelado seu passaporte para evitar que ele deixasse o país. A viagem para a Argentina, que não exige passaporte, foi considerada uma violação das condições impostas.
Com a determinação da prisão, caso Léo retorne ao Brasil, ele poderá ser preso imediatamente. Se ele não voltar, a Justiça pode solicitar sua detenção na Argentina, com possível extradição para o Brasil, caso o governo brasileiro faça a solicitação e o país aceite.
Além disso, na última quinta-feira (27), o STF rejeitou um recurso da defesa de Léo Índio contra a decisão que o tornou réu, alegando que ele não tem foro privilegiado para ser julgado pelo Supremo. Léo responde por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.
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A PGR destacou que Léo Índio teria produzido provas suficientes, incluindo publicações em redes sociais, que indicam sua participação em grupos antidemocráticos e mensagens de incitação à insurreição.
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