Lideranças dos países que integram o Mercosul se reuniram nesta sexta-feira (11), em Buenos Aires, para discutir a possibilidade de um novo acordo comercial com os Estados Unidos. A movimentação acontece após o aumento de tarifas promovido pelo governo de Donald Trump, o que reacendeu a preocupação sobre o impacto econômico nos países do bloco.
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A Argentina, que preside temporariamente o Mercosul até julho, propôs a criação de um “acordo de preferências comerciais” com os EUA. A ideia é flexibilizar as regras atuais sem romper com o bloco, já que uma saída formal exigiria apoio do Congresso — algo que o presidente Javier Milei ainda não possui.
O chanceler argentino, Gerardo Werthein, demonstrou confiança no avanço das conversas. "Estou otimista. Os pessimistas nunca construíram nada", declarou à imprensa em frente ao Palácio San Martín, sede do encontro.
O Brasil, representado pelo ministro Mauro Vieira, se mostrou disposto a ouvir as propostas argentinas. Diplomatas brasileiros afirmaram que o tema já havia sido mencionado em março, durante uma reunião informal na capital argentina. Segundo fontes, há possibilidade de se negociar com os EUA desde que o processo seja conduzido de forma conjunta pelo bloco.
O cenário atual também traz nuances políticas. O novo presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, é aliado do governo Lula e tende a manter uma linha mais próxima do Brasil nas negociações. Apesar das diferenças ideológicas entre Lula e Milei, a diplomacia segue buscando equilíbrio entre os interesses dos países.
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Por ora, a proposta argentina deve passar por avaliação interna entre os membros do Mercosul. Resta definir se haverá espaço para um acordo conjunto com os EUA ou se cada país poderá seguir seu próprio caminho nas negociações com Washington.
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