A Universidade de Harvard entrou com um processo judicial contra o governo dos Estados Unidos para evitar o congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) em recursos federais. A decisão marca o início de um embate direto com a administração de Donald Trump, que vem pressionando instituições de ensino superior a adotarem diretrizes alinhadas à sua agenda política.
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Segundo Harvard, a exigência do governo inclui mudanças profundas na gestão da universidade, nas políticas de admissão e até mesmo nos critérios de pesquisa, o que fere princípios básicos de autonomia universitária. A carta com as exigências foi enviada no início de abril, e outras universidades da Ivy League, como Columbia, Brown e Princeton, também foram alvo de medidas semelhantes.
Horas depois de Harvard anunciar que não atenderia às exigências, os recursos foram congelados. O presidente interino da instituição, Alan Garber, declarou que não vai aceitar interferência política. “Não cabe ao governo decidir o que as universidades ensinam, quem elas admitem ou contratam, nem quais áreas devem ser pesquisadas”, afirmou.
Donald Trump intensificou os ataques após o confronto, ameaçando retirar a isenção fiscal da universidade e chamando a instituição de “entidade politizada” que promove uma “doença ideológica”.
A decisão de enfrentar o governo gerou apoio dentro e fora do meio acadêmico. Ex-alunos, professores e moradores de Cambridge participaram de protestos no fim de semana. Um grupo de ex-estudantes também enviou uma carta à reitoria, incentivando a resistência. “A atitude de Harvard é um recado claro de que o conhecimento não pode ser controlado por interesses autoritários”, disse a ex-aluna Anurima Bhargava, uma das organizadoras da carta.
A Associação Americana de Professores Universitários também entrou na Justiça, alegando que os cortes foram realizados sem seguir os trâmites legais, como notificações formais à universidade e ao Congresso. A ação argumenta que o objetivo das medidas não é corrigir irregularidades, mas impor uma agenda política à força.
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Ainda não se sabe por quanto tempo Harvard conseguirá manter suas atividades de pesquisa científica e médica sem os recursos federais, mas a instituição garante que seguirá lutando pela independência acadêmica. O caso pode abrir um precedente importante na relação entre o governo e universidades nos Estados Unidos.
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