O presidente do Chile , Gabriel Boric , do partido Convergência Social, foi formalmente denunciado por assédio sexual , nesta segunda-feira (25). O advogado de Boric, Jonatan Valenzuela, emitiu um comunicado anunciando que uma equipe especial do Ministério Público está conduzindo a investigação.
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A denúncia foi registrada em 6 de setembro de 2024, na Procuradoria Regional de Magallanes, região do sul do Chile da qual o presidente é natural.
De acordo com o advogado, Boric "rejeita categoricamente" as acusações. O incidente que originou a denúncia teria ocorrido em 2013, quando Boric, então com 27 anos, havia recentemente concluído seu curso de Direito.
A acusação foi feita por uma mulher que, segundo a defesa, enviou 25 e-mails “não solicitados nem consentidos” a Boric, contendo conteúdo explícito. O advogado alegou que a acusação não tem “qualquer fundamento”, ressaltando que o presidente chileno nunca teve qualquer relação afetiva ou de amizade com a denunciante e que não tem comunicação com ela desde julho de 2014.
Boric, por ser titular de foro especial, só poderá ser investigado por meio de um processo de cassação de imunidade parlamentar, o que torna o processo mais complexo e sujeito a trâmites legislativos.
Histórico
Este não é o primeiro caso de acusação de assédio sexual envolvendo Gabriel Boric. Durante sua campanha eleitoral de 2021, o presidente chileno também foi mencionado em um episódio similar, no qual foi acusado de assédio por uma mulher. No entanto, a denúncia nunca avançou para uma investigação criminal, e Boric negou qualquer envolvimento no caso na época.
A denúncia contra Boric surge em um momento delicado para seu governo, que já enfrenta outra controvérsia de assédio sexual. No mês passado, o ex-subscretário do Interior e aliado próximo de Boric, Manuel Monsalve, foi acusado de estuprar uma mulher de 32 anos.
O crime teria ocorrido em um hotel após um encontro para um jantar. Monsalve foi preso preventivamente, e o caso gerou forte repercussão no Chile, aumentando as tensões em torno de acusações de assédio sexual que atingem membros do governo.
O Ministério Público chileno está apurando o caso de Monsalve, e a investigação segue em andamento, enquanto o país acompanha de perto os desdobramentos de ambos os escândalos.
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