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Dólar recua para R$ 5,85 após redução nas tarifas dos EUA

Queda foi devido alívio sobre importações de eletrônicos

Escrito por Meon

14 ABR 2025 - 21H00

Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar teve um dia de respiro e encerrou a segunda-feira (14) em queda, cotado a R$ 5,851. A desvalorização veio na esteira da decisão dos Estados Unidos de suspender temporariamente tarifas sobre eletrônicos importados, como celulares e computadores. A medida trouxe fôlego para os mercados globais e beneficiou moedas de países emergentes, como o real.

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Durante a manhã, a moeda chegou a cair até R$ 5,82, mas perdeu força no início da tarde, com a instabilidade em Wall Street. Ainda assim, retomou a tendência de baixa e fechou no vermelho. Apesar da queda no dia, o dólar ainda acumula alta de 2,56% em abril, mas segue em baixa de 5,32% no ano.

O Ibovespa, por sua vez, surfou a maré positiva e subiu 1,39%, encerrando o pregão aos 129.454 pontos — o maior patamar desde 3 de abril. O bom humor foi puxado pelas techs americanas, que influenciaram os mercados internacionais e ajudaram a impulsionar a Bolsa brasileira.

A suspensão parcial das tarifas, anunciada pelo presidente Donald Trump, suavizou tensões comerciais e foi bem recebida pelos investidores. No entanto, o líder norte-americano já sinalizou que poderá taxar semicondutores em breve, o que mantém certo grau de incerteza no cenário global.

Mesmo com o alívio pontual, especialistas destacam que o ambiente segue instável. A pausa nas tarifas, por outro lado, ajudou a amenizar receios sobre a economia chinesa — maior compradora mundial de commodities. Isso refletiu diretamente na alta dos preços de produtos como minério de ferro e petróleo, beneficiando exportadores como o Brasil.

No exterior, o dólar também perdeu força frente a outras moedas. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de divisas fortes, caiu para o menor nível desde abril de 2022, impulsionado pela valorização do euro e da libra.

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No Brasil, os indicadores internos tiveram pouco impacto no mercado. A balança comercial, no entanto, apresentou superávit de US$ 1,595 bilhão na segunda semana de abril. No acumulado do mês, o saldo está em US$ 3,189 bilhões e, no ano, em US$ 13,171 bilhões.

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