Dólar fecha em alta a R$ 5,48 com expectativas de inflação e tensões no Oriente Médio; Ibovespa sobe

O dólar encerrou a segunda-feira (7) cotado a R$ 5,48, com um aumento de 0,55%. Esse movimento foi impulsionado pelas expectativas em relação aos novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, que podem impactar as decisões dos bancos centrais sobre políticas monetárias. Paralelamente, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou uma leve alta de 0,17%, fechando aos 132.018 pontos, em um dia marcado pela valorização de commodities, como o petróleo.

A alta do dólar também reflete um cenário internacional em que o Federal Reserve (Fed) dos EUA pode desacelerar o ritmo de cortes nas taxas de juros. Isso se deve a dados recentes do mercado de trabalho que mostraram a criação de 254 mil vagas em setembro, superando as expectativas de 147 mil, sugerindo que a maior economia do mundo pode evitar uma recessão.

Além disso, as tensões no Oriente Médio, especialmente com o agravamento do conflito entre Israel e o Hezbollah, elevaram a demanda por ativos mais seguros, como o dólar, o que pressionou a moeda americana em relação a divisas de mercados emergentes. No Brasil, as incertezas fiscais continuam a impactar o real, mesmo com um aumento de 3% nos preços do petróleo, que beneficiou as ações de empresas como Petrobras e Vale.

Os investidores brasileiros estão atentos à divulgação de novos dados de inflação e à sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central, prevista para esta semana no Senado. Esses eventos, combinados com as movimentações no cenário internacional, devem continuar a influenciar o comportamento dos mercados nos próximos dias. O mercado global também aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed, prevista para quarta-feira (9), e as declarações de seus dirigentes, que podem oferecer mais informações sobre a futura política monetária dos EUA.