O cessar-fogo em Gaza entrou em vigor neste domingo (19), às 11h15 do horário local (6h15 do horário de Brasília), após 15 meses de conflito e um atraso de três horas em relação à hora de início original.
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O acordo prevê que os ataques entre Israel e o Hamas parem e que os reféns israelenses detidos pelo Hamas sejam libertados, por fases, em troca de prisioneiros palestinos mantidos em prisões em Israel.
A confirmação foi dada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após ser compartilhada a lista dos 33 reféns israelenses que serão libertados pelo Hamas como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo.
A lista, publicada pela conta oficial de Israel na rede social X, inclui os reféns mais jovens e mais velhos feitos pelo Hamas em 7 de outubro, de acordo com uma lista publicada por Israel.
O cessar-fogo deveria ter começado às 8h30 de domingo (horário local), mas Israel adiou o início faltando menos de uma hora, depois que o Hamas não cedeu a lista de reféns a tempo — o Hamas disse que isso ocorreu "devido a razões técnicas de campo".
O Hamas divulgou os nomes das três pessoas que diz que serão as primeiras a serem libertadas: Doron Steinbrecher, de 31 anos, Emily Damari, de 28, e Romi Gonen, de 24.
Até a entrada em vigor do cessar-fogo, Israel continuou a realizar ataques em Gaza e pelo menos 19 mortes ocorreram, segundo a agência de defesa civil dirigida pelo Hamas, desde que a trégua deveria ter começado.
Com a entrada em vigor do cessar-fogo, centenas de caminhões de ajuda estão esperando para atravessar para Gaza.
A entrada deles é uma condição do acordo de cessar-fogo e é algo que os trabalhadores humanitários têm pedido há meses.
Renúncia de ministros em Israel
O partido de direita radical Poder Judeu anunciou que está deixando a coalizão de governo israelense em protesto contra o acordo de cessar-fogo.
A saída deixa o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com uma maioria parlamentar mínima para governar.
O que o acordo de cessar-fogo prevê
O acordo, intermediado pelos Estados Unidos e pelo Catar, é dividido em três fases, com objetivos distintos e escalonados.
Na primeira fase, que entrou em vigor neste domingo e terá duração de seis semanas, 33 reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos, serão libertados em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Paralelamente, as forças israelenses devem recuar para o leste, afastando-se das áreas mais densamente povoadas de Gaza. Esse movimento permitirá que palestinos deslocados comecem a retornar às suas casas, interrompendo temporariamente o conflito direto em áreas urbanas.
Além disso, está prevista a entrada diária de centenas de caminhões de ajuda humanitária no território palestino, aliviando a grave crise humanitária na região.
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