Litoral Norte

Maré vermelha no Litoral Norte: entenda o fenômeno e riscos para o meio ambiente

Proliferação de algas tingiu o mar e causou morte de peixes

Escrito por Meon

14 FEV 2025 - 12H30

Reprodução

O Litoral Norte de São Paulo foi palco de um fenômeno natural que despertou a atenção de pesquisadores e moradores no início deste ano: a maré vermelha. A intensa proliferação de micro-organismos tingiu o mar de tons avermelhados e gerou preocupação com impactos ambientais e possíveis riscos à saúde. Nos últimos dias, porém, as autoridades confirmaram que a situação se dissipou.

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A maré vermelha ocorre quando há um crescimento descontrolado de determinadas algas marinhas, formando manchas visíveis na superfície da água. No caso de São Sebastião e Ilhabela, o fenômeno foi provocado pela concentração de Mesodinium rubrum, uma espécie de plâncton que, apesar de não ser tóxica, pode atrair algas nocivas ao meio ambiente e aos seres humanos.

Os primeiros relatos surgiram no dia 10 de janeiro, quando pescadores notaram a coloração anômala do mar próximo à Ilha de Alcatrazes. O fenômeno se intensificou e, no fim do mês, atingiu a costa das cidades, chegando até as praias. Para acompanhar sua evolução, especialistas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Centro de Biologia Marinha da USP (CEBIMar) utilizaram imagens de satélite e coletas de amostras in loco.

Embora o Mesodinium rubrum não produza toxinas diretamente, ele pode servir de alimento para algas tóxicas, que são ingeridas por peixes e moluscos e podem representar riscos ao consumo humano. Por isso, a Prefeitura de São Sebastião realizou análises em mexilhões coletados na praia de Toque-Toque Grande, mas não encontrou a presença de substâncias prejudiciais.

Além da preocupação com a saúde pública, o fenômeno também afetou a fauna marinha. Pesquisadores constataram a morte de peixes na região, possivelmente devido à baixa oxigenação da água causada pela alta concentração de algas.

Apesar da dissipação da maré vermelha, especialistas alertam que novas ocorrências podem acontecer. A Cetesb e a Prefeitura de Ilhabela recomendam que, caso o fenômeno volte a ser registrado, banhistas evitem o contato com a água e a prática de esportes náuticos em áreas afetadas.

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