A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, expressou sua preocupação com o crescimento das apostas esportivas, considerando a prática "perigosa" para a sociedade. Em entrevista ao programa "Roda Viva" na última segunda-feira (30), ela afirmou que as casas de apostas se aproveitam dos indivíduos mais vulneráveis, caracterizando essa exploração como um "abuso de um ser humano pelo outro".
Cármen Lúcia criticou o impacto das apostas, mencionando que muitas vezes essas práticas visam lucros às custas da vulnerabilidade alheia. Em uma análise recente do Banco Central, foi revelado que, em agosto de 2024, as casas de apostas receberam R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família, levantando questionamentos sobre possíveis fraudes.
A ministra, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), evitou opinar sobre a inconstitucionalidade da lei que regula as apostas, aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora tenha afirmado estar pessoalmente contra as apostas, Cármen Lúcia não criticou diretamente o governo, ressaltando a falta de clareza sobre a avaliação feita pela administração atual em relação ao tema.
Além disso, a presidente do TSE reafirmou que a legislação eleitoral já proíbe sorteios e ofertas de bens, destacando a importância da resolução da Corte que veda apostas relacionadas aos resultados das eleições como um “lembrete” para os juízes eleitorais.
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