A Voepass, uma das principais companhias aéreas regionais do Brasil, anunciou nesta segunda-feira (3) que entrou com um pedido de reestruturação financeira para reorganizar suas finanças e sua estrutura de capital. A empresa explicou que, antes do acidente aéreo ocorrido em agosto de 2023, suas operações estavam seguindo com saúde financeira positiva e uma malha aérea em expansão. No entanto, a tragédia impactou gravemente os planos da companhia.
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O voo 2283 da Voepass, um ATR-72, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, logo após decolar de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP), matando as 62 pessoas a bordo. Esse acidente se tornou o mais grave no Brasil desde o desastre da TAM em 2007. A companhia informou que, apesar do pedido de reestruturação, os processos de indenização relacionados ao acidente estão sendo tratados separadamente por meio de sua seguradora.
Além disso, a Voepass apontou que, além do impacto do acidente, o setor aéreo enfrenta uma crise prolongada desde a pandemia de COVID-19. A alta no preço do petróleo, o aumento no custo de manutenção das aeronaves e a valorização do dólar agravaram a situação das empresas aéreas no Brasil. Recentemente, outras grandes empresas, como a Gol e a Azul, também enfrentaram dificuldades financeiras, com a Gol recorrendo à recuperação judicial e a Azul buscando renegociar suas dívidas, enquanto cogita uma fusão com a Gol.
Embora a Voepass não tenha revelado o valor de sua dívida, a companhia garantiu que as atividades operacionais continuam e que as prioridades incluem o pagamento de salários e benefícios dos seus colaboradores. Em uma nota, o CEO da Voepass, José Luiz Felício Filho, destacou os 30 anos de história da empresa na aviação regional, afirmando que, apesar dos desafios, a companhia se mantém firme e continuará suas operações.
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