STF recebe mais de mil ameaças desde atos golpistas de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido alvo de intensas ameaças desde os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, com mais de mil notificações recebidas até hoje. A mais recente manifestação ocorreu após um atentado ocorrido nesta quarta-feira (13), quando o chaveiro Francisco Wanderley Luiz explodiu um artefato em si mesmo. Desde então, a Corte tem recebido emails com apoio aos ataques, com pelo menos oito mensagens de respaldo registradas desde a noite de ontem até a tarde de hoje.

Em coletiva nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, confirmou que ministros do STF têm sido alvo de ameaças por email, com alguns remetentes elogiando a ação violenta de Wanderley. A ameaça não se limita apenas ao meio digital: o Supremo também recebe cartas e mensagens por canais oficiais, como a ouvidoria e o telefone geral. O tribunal, por sua vez, avalia o nível de risco de cada ameaça e, quando necessário, aciona outras autoridades para medidas de segurança.

Investigações apontam que muitos dos emails ameaçadores são enviados de forma criptografada, dificultando a identificação dos responsáveis. A PF está tentando mapear esses remetentes, sendo que muitos dos emails foram enviados através da plataforma Protonmail, que oferece sigilo total nas mensagens. O uso dessa ferramenta é uma tentativa de garantir que as comunicações permaneçam anônimas, dificultando as investigações.

O Supremo, que já lida com uma crescente pressão e ataques desde o início de 2023, reforçou sua segurança e continua monitorando atentamente as ameaças, enquanto o Brasil vive um período de tensão política que desafia a estabilidade institucional.