Até a última segunda-feira (14), o Partido dos Trabalhadores (PT) havia destinado uma quantia de R$ 44 milhões para a campanha de Guilherme Boulos, que é candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo. Este montante supera os recursos distribuídos pelo PT a quatro de seus próprios candidatos que estão disputando o segundo turno em outras cidades importantes do país. Entre eles, estão Maria do Rosário em Porto Alegre, Evandro Leitão em Fortaleza, Natália Bonavides em Natal e Lúdio Cabral em Cuiabá. Dentre esses, Maria do Rosário recebeu a maior fatia, com quase R$ 12 milhões, enquanto Lúdio Cabral obteve o menor valor, menos de R$ 8 milhões.
A disparidade nos investimentos ficou clara após uma doação de R$ 15 milhões ao candidato do Psol, realizada na quarta-feira, 9 de outubro, logo após Boulos assegurar sua participação no segundo turno contra Ricardo Nunes do MDB na cidade de São Paulo. Com isso, o PT se consolidou como o maior contribuinte para a campanha de Boulos, respondendo por mais de metade dos R$ 81 milhões que ele arrecadou até agora. O próprio Psol, partido de Boulos, contribuiu com R$ 36 milhões.
A cifra investida pelo PT nas eleições de São Paulo é bastante expressiva quando comparada com os investimentos anteriores do partido nas eleições municipais da capital. Em 2016, antes da implementação do Fundo Eleitoral, o PT alocou R$ 1,7 milhão para a candidatura de Fernando Haddad. Já em 2020, com o Fundo Eleitoral já em uso, o partido destinou R$ 5,7 milhões para Jilmar Tatto, valores que são significativamente menores do que os R$ 44 milhões destinados a Boulos em 2024.
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