Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Contragolpe, que resultou na prisão de cinco militares suspeitos de integrarem uma organização criminosa. O grupo é acusado de planejar um golpe de Estado, que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin antes da posse presidencial de 2023.
O plano, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, previa a execução das lideranças eleitas no dia 15 de dezembro de 2022. Além disso, o grupo planejava a prisão e morte de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo monitoramento já estava em andamento, e a criação de um “gabinete de gestão de crise” para implementar ações pós-golpe.
Mandados e medidas judiciais
A operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, incluindo:
Proibição de contato entre os investigados;
Suspensão do exercício de funções públicas;
Retenção de passaportes e proibição de saída do país.
As ações foram realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com acompanhamento do Exército Brasileiro.
Os presos
Entre os detidos estão quatro militares do Exército, conhecidos como “kids pretos”, integrantes das forças especiais, e um policial federal:
General de brigada da reserva Mário Fernandes;
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
Major Rafael Martins de Oliveira;
Policial federal Wladimir Matos Soares.
Investigações
A PF revelou que o grupo tinha conhecimento técnico e operacional avançado, e suas ações foram articuladas nos últimos meses de 2022. Os crimes apurados incluem:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Formação de organização criminosa.
O monitoramento de possíveis atividades golpistas, incluindo ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, já vinha sendo realizado desde fevereiro. A operação desta semana aprofundou as investigações, revelando detalhes sobre os planos do grupo.
A PF continua os trabalhos para identificar outros envolvidos e garantir a proteção do Estado Democrático de Direito.
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