Brasil

Crivella reapresenta projeto para redes subterrâneas de distribuição de energia

A proposta, que obriga concessionárias a implementar redes subterrâneas em cidades com mais de 300 mil habitantes, visa melhorar a segurança e reduzir interrupções no fornecimento de energia.

Escrito por Meon

19 OUT 2024 - 11H50 (Atualizada em 19 OUT 2024 - 17H06)

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O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) reapresentou nesta quinta-feira (17) um Projeto de Lei que obriga as concessionárias de energia a substituírem as redes aéreas por subterrâneas em cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. A proposição, originalmente protocolada em 2011 e arquivada desde 2018, surge em um contexto alarmante: São Paulo registrou 4,2 milhões de residências sem energia devido a danos extensos na rede elétrica, exacerbados por ventanias recentes.

Atualmente, menos de 1% da rede elétrica do Brasil é subterrânea, com São Paulo contando com apenas 60 quilômetros de cabos enterrados. Em contraste, cidades como Londres e Nova York já possuem a maior parte de suas redes no subsolo. Crivella ressalta que a média de tempo sem luz na Europa foi de apenas 12,2 minutos por ano em 2022, enquanto em São Paulo algumas famílias enfrentaram mais de quatro dias sem energia.

O Projeto de Lei surgiu após um apagão que deixou 3,1 milhões de pessoas sem luz, destacando a necessidade de discutir a privatização do setor de energia e focar na infraestrutura de distribuição. Segundo o deputado, a predominância de redes aéreas torna o sistema vulnerável a intempéries, sendo necessário um investimento significativo para a implementação das redes subterrâneas. A Prefeitura de São Paulo estima que o custo para enterrar a rede na região central seria de cerca de R$ 20 bilhões.

Crivella defende que os benefícios das redes subterrâneas justificam os altos custos, incluindo a redução de interrupções de energia, o combate ao furto de cabos, melhorias na segurança pública e a economia a longo prazo. Ele enfatiza a urgência dessa solução para garantir a estabilidade do fornecimento de energia em um cenário de crises climáticas cada vez mais intensas, além de contribuir para a estética urbana ao reduzir a poluição visual.

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