Brasil

Lula faz discurso em sequência de eventos sobre 8/1

Obras restauradas são devolvidas ao Planalto dois anos após ataques

Escrito por Meon

08 JAN 2025 - 14H15 (Atualizada em 08 JAN 2025 - 14H16)

Reprodução/Canal Gov

O governo Lula realiza uma série de cerimônias nesta quarta-feira (8) para marcar os 2 anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 , quando manifestantes contrários ao resultado das eleições de 2022 invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

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Na primeira parte, as obras de arte vandalizadas pelos golpistas, agora restauradas, são devolvidas ao Planalto, em uma cerimônia que conta com a presença de Lula, da primeira-dama Janja, do vice-presidente Geraldo Alckmin e outras autoridades.

A primeira a discursar, Janja disse que "o país não aceita mais o autoritarismo".

"Dois anos após a tentativa de destruição da nossa democracia e dos prédios que simbolizam os Poderes da República, estamos aqui. Não para lamentar, mas muito menos para esquecer. Estamos aqui para celebrar e reforçar a democracia, e para entregar ao povo brasileiro o seu patrimônio inteiramente restaurado", afirmou.

Discurso do presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT ) realizou um discurso nesta quarta-feira (8) durante cerimônias em memória dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 . Em sua fala, o presidente defendeu a democracia e reforçou o compromisso com a liberdade.

Em diferentes oportunidades, Lula parafraseou o título do filme do filme de Walter Salles "Ainda estou aqui" em seu discurso, previsto na programação que marca dois anos dos atos antidemocráticos do 8/1 .

"Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivo e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023", afirmou.

"Estamos aqui pra dizer que estamos vivos, que a democracia está viva. (...)Estamos aqui. Ditatura nunca mais, democracia sempre. (...) Estamos aqui para lembrar que se estamos aqui é porque a democracia venceu (...) é preciso lembrar, para que ninguém esqueça, para que nunca mais aconteça", complementou o presidente da República.

Confira a lista de obras restauradas:

Relógio de mesa, de Balthazar Martinot e André Boulle

Ânfora italiana em cerâmica esmaltada

Escultura O Flautista, de Bruno Giorgi

Escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín

Quadro com a pintura Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti

Quadro com pintura do retrato de Duque de Caxias, de Oswaldo Teixeira

Quadro representando galhos e sombras, de Frans Krajcberg

Quadro com a pintura Fachada Colonial Rosa com Toalha

Quadro com a pintura Casarios, de Dario Mecatti

Quadro com a pintura Cena de Café, de Clóvis Graciano

Quadro com a pintura Paisagem, de Armando Viana

Pintura de Glênio Bianchetti

Pintura de Glênio Bianchetti

Pintura de Glênio Bianchetti

Pintura de Glênio Bianchetti

Pintura de Glênio Bianchetti

Quadro com a pintura Matriz e Grade no primeiro plano, de Ivan Marquetti

Quadro Rosas e Brancos Suspensos, de José Paulo Moreira da Fonseca

Tela Cotstwold Town, de John Piper

Tela de Grauben do Monte Lima

Tela Bird, de Martin Bradley

"Fundamental cuidar das nossas democracias", diz embaixador suíço

Uma das peças restauradas é o relógio de pêndulo do século XVII, uma obra histórica assinada pelo renomado relojoeiro Balthazar Martinot e que foi o presente da Corte Francesa para Dom João VI. A restauração foi feita pela relojoaria Audemars Piguet, criada em 1875, que arcou com o custo da mão de obra e materiais.

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, disse que "a restauração foi complexa. Precisou da excelência, mas também da criatividade e do jeitinho suíço-brasileiro".

"Acho que é fundamental valorizar e cuidar das nossas relações, da nossa amizade, dos nossos direitos humanos e das nossas democracias, que são delicadas e, ao mesmo tempo, resilientes como esse relógio que volta aqui, hoje, no coração do Brasil. Viva ao Brasil, viva a Suíça. Celebramos nossa amizade e cooperação", afirmou.

A restauração das outras 20 obras foi realizada em um laboratório montado no Palácio da Alvorada após um acordo de cooperação do Planalto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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