Nessa segunda-feira (18), durante sua participação na Cúpula de Líderes do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou propostas voltadas para a redução das desigualdades econômicas globais. Em seu segundo discurso, o presidente brasileiro destacou a importância da criação de um imposto sobre os mais ricos do planeta, defendendo uma reforma no sistema tributário global que, segundo ele, favorece as nações mais desenvolvidas em detrimento dos países emergentes.
Lula argumentou que a implementação de uma tributação mais justa para os super-ricos poderia ser um passo crucial para combater as desigualdades que afligem o mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento. “A desigualdade não é apenas um problema local, mas um desafio global”, afirmou, ao insistir na necessidade de uma maior cooperação internacional para a criação de políticas fiscais mais equitativas.
Além da taxação, o presidente reforçou que o multilateralismo – a colaboração entre as nações em questões globais – precisa ser aprofundado. Para ele, a atual estrutura do Conselho de Segurança da ONU, por exemplo, está obsoleta e se tornou um “refém” das vontades dos países mais poderosos. Lula defendeu uma reformulação das instituições globais para que as decisões políticas reflitam as necessidades de todas as nações, especialmente as mais vulneráveis.
Entretanto, as propostas de Lula enfrentaram resistência por parte de alguns dos membros mais ricos do G20, que têm se mostrado reticentes em relação à implementação de políticas fiscais mais agressivas, como a taxação dos super-ricos. A declaração final do encontro deve suavizar esses pontos, tratando as propostas como sugestões a serem exploradas em futuras discussões, ao invés de compromissos formais. A Argentina, sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei, tem sido uma das nações que mais se opõem à ideia, preocupada com as implicações econômicas de uma possível mudança na tributação global.
Lula também recordou a crise financeira de 2008, apontando como o sistema econômico mundial se curvou a interesses privados e a um modelo de privatização exacerbada, o que, em sua visão, ampliou a disparidade entre as nações ricas e os países em desenvolvimento. “A crise de 2008 foi um reflexo de um sistema que privilegia os poucos em detrimento dos muitos”, concluiu.
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