Brasil

Inflação impacta o orçamento das famílias

Alta dos preços dos produtos essenciais continua comprometendo a renda

Escrito por Meon

21 MAR 2025 - 21H00

Divulgação

Quanto você consegue economizar depois de pagar suas contas essenciais como aluguel, luz, água, alimentação e transporte? Um estudo da Tendências Consultoria, liderado pela economista Isabela Tavares, mostra que a quantidade de dinheiro disponível para o brasileiro após cobrir essas despesas essenciais diminuiu nos últimos anos.

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De acordo com a pesquisa, em dezembro de 2023, a renda disponível representou apenas 41,87% do orçamento das famílias, uma leve queda em relação aos 42,45% registrados no ano anterior. Esse percentual era de 45,5% uma década antes, revelando uma redução significativa no poder de compra das famílias ao longo desse período.

A pesquisa identificou uma queda mais acentuada na renda disponível durante a pandemia de Covid-19, quando o índice chegou a 40,39%, mas, após uma recuperação nos anos seguintes, os números de 2024 voltaram a cair, refletindo a persistente pressão da inflação, especialmente sobre os preços dos alimentos.

Embora 2024 tenha sido um ano com recordes de pessoas empregadas e uma taxa de desemprego baixa, conforme dados do IBGE, o aumento nos rendimentos não foi suficiente para aliviar os impactos da inflação. A alta nos preços dos produtos essenciais continua sendo um fator determinante para a diminuição da renda disponível.

O estudo aponta que a inflação dos itens essenciais foi de 5,8% em 2024, superando a média geral de 4,8%. Esse aumento foi especialmente prejudicial às famílias de renda mais baixa, que são as mais afetadas pela alta nos preços desses produtos essenciais, contribuindo para uma percepção negativa sobre a economia.

“Quando observamos o IPCA, a inflação geral do país, pode parecer que a diferença não é tão alarmante. No entanto, ao focarmos nos produtos essenciais, que são as maiores despesas das famílias, fica claro como isso impacta diretamente no orçamento”, comenta Tavares.

A pesquisa também revelou que, para as famílias das classes D e E, o gasto com itens básicos representou quase 80% da renda no final de 2023. Essas famílias destinam a maior parte de seus recursos para cobrir necessidades essenciais, deixando pouco espaço para consumir outros bens como vestuário, eletrodomésticos, serviços ou até mesmo lazer.

“Apesar de um cenário de emprego positivo e acesso ao crédito, a pressão sobre os preços dos produtos essenciais impacta fortemente o consumo. Quando os preços desses itens básicos aumentam, sobra muito pouco para outras despesas”, conclui a economista.

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Esse estudo sublinha o desafio enfrentado por muitas famílias brasileiras, que, mesmo com a melhoria no mercado de trabalho, seguem lutando contra os altos custos dos produtos essenciais, o que reduz seu poder de compra e afeta seu bem-estar financeiro.

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