Governo cria centro de acolhimento em MG

O governo federal anunciou a criação de um centro de acolhimento em Minas Gerais para receber cidadãos brasileiros deportados dos Estados Unidos. A medida foi rompida após a intensificação das políticas de imigração do presidente norte-americano, Donald Trump, e busca garantir melhores condições para os deportados.

A decisão veio em resposta à repatriação de 88 brasileiros que retornaram ao Brasil sob condições desumanas, como o transporte algemado e acorrentado, o que gerou críticas de violação de direitos humanos. Durante reunião no Palácio do Planalto, o ministro dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, afirmou que o governo recebeu as tratativas para estabelecer um posto de atendimento humanitário em Confins, cidade onde está localizado o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.

"Conversamos com o presidente e fomos autorizados a começar as tratativas para estabelecer em Confins um posto de atendimento humanitário. Nosso objetivo é garantir que as famílias não sejam separadas, que tenham acesso à alimentação e a outros serviços de apoio, como a busca por ocupação" , disse a ministro.

O anúncio segue o ocorrido após a chegada de um grupo de deportados em Manaus, que alegaram ter sido agredidos e submetidos a condições degradantes durante a viagem. A Polícia Federal justificou que o uso de algemas em voos de repatriação é prática comum, mas ressaltou que elas são removidas ao chegarem ao Brasil, já que os deportados não são prisioneiros.

Após o incidente, o governo brasileiro se manifestou, garantindo que os próximos voos tenham prazos de acordo com a legislação nacional e os direitos humanos.