Brasil

"Estamos estudando rebaixar para endemia o status da Covid-19 no Brasil", afirma Bolsonaro

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que já está adotando as medidas para reclassificar a doença que, atualmente, é identificada com pandemia

Escrito por Agência Brasil

03 MAR 2022 - 14H36 (Atualizada em 03 MAR 2022 - 14H42)

Marcello Casal/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (3) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para endemia o status da covid-19 no Brasil.

"Em virtude da melhora do cenário epidemiológico e de acordo com o § 2° do Art. 1° da Lei 13.979/2020, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para ENDEMIA a atual situação da COVID-19 no Brasil", disse Bolsonaro por meio de uma postagem no Twitter.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que já está adotando as medidas necessárias para reclassificar o status da Covid-19 no Brasil que, atualmente, é identificado com pandemia. “O Ministério da Saúde avalia a medida, em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país”, declarou o órgão.


Diferenças

Desde março de 2020, a OMS (Organização Mundial de Saúde) classifica o surto sanitário de Covid-19 como uma pandemia.

O termo endemia é usado nos casos de doenças recorrentes, típicas, que são frequentes em uma determinada região, mas para as quais já há uma resposta efetiva à população por parte da rede de saúde.

Uma enfermidade pode começar como um surto ou epidemia e se torna uma pandemia quando atinge níveis mundiais, ou seja, quando determinado agente se dissemina em diversos países ou continentes, usualmente afetando um grande número de pessoas.

Se confirmada a reclassificação no Brasil, a medida vai de encontro às orientações da OMS, órgão que define quando uma doença se torna uma ameaça global e que ainda classifica a covid-19 como pandemia.


Efeitos

Se passar a ser tratada como endemia, a covid-19 deixará de ser uma emergência de saúde e, assim, restrições como uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal, além de realização compulsória de exames médicos, por exemplo, podem deixar de ser obrigatórias.

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