Brasil

Deputado Ramagem depõe nesta quarta (17) à PF

Depoimento é sobre o caso da "Abin paralela"

Escrito por Meon

17 JUL 2024 - 10H17 (Atualizada em 17 JUL 2024 - 12H15)

Divulgação

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) prestará depoimento nesta quarta-feira (17) sobre as descobertas da Operação Última Milha, que investiga suposto monitoramento ilegal de opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Será a primeira vez que Ramagem, que dirigiu a Abin durante o governo Bolsonaro, será questionado sobre o tema pelos investigadores.

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A Polícia Federal (PF) espera que Ramagem forneça esclarecimentos sobre o que foi identificado na operação, cuja quarta fase foi deflagrada na quinta-feira (11). Entre as provas coletadas pelos investigadores, está a gravação de uma reunião entre o deputado federal e o ex-presidente, na qual foi discutido um plano para anular o inquérito das "rachadinhas", que mirou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

No áudio, Ramagem mencionou que seria necessária a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores da Receita, com o objetivo de anular a investigação, além da retirada de alguns auditores de seus respectivos cargos.

Esta será a segunda vez que Ramagem será interrogado pela PF neste ano. No fim de fevereiro, o deputado foi ouvido por causa de suas declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. As declarações, que estão mantidas sob sigilo, foram feitas quando Dino era ministro da Justiça no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na sexta-feira (12) Ramagem utilizou as redes sociais para classificar a nova fase da Última Milha como um "alvoroço" da PF. O deputado, que é pré-candidato do PL à prefeitura do Rio, afirmou também que as suspeitas levantadas pela Polícia Federal são "ilações e rasas conjecturas". Ele acrescentou que, no Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da oposição e que continuam com o objetivo de mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro.

Em janeiro, Ramagem foi alvo de um mandado de busca e apreensão autorizado na Operação Vigilância Aproximada, um desdobramento da Operação Última Milha, de outubro passado. O deputado esteve à frente da Abin entre julho de 2019 e abril de 2022, durante o período em que dois servidores, presos em outubro, teriam utilizado a estrutura estatal para localizar os alvos da espionagem.

A PF investiga se a "Abin paralela" utilizou o software FirstMile para investigar pelo menos quatro ministros do STF, quatro deputados federais, quatro senadores, um ex-governador, dois servidores do Ibama, três auditores da Receita e quatro jornalistas. A ferramenta é capaz de localizar aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G.

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Por Meon, em Brasil

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