O rombo bilionário na Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, pode afetar o desempenho financeiro da instituição, segundo especialistas. O déficit registrado em 2024, sob a gestão de João Fukunaga, atingiu R$ 14 bilhões, o que levanta preocupações sobre possíveis impactos nos dividendos e na necessidade de aportes financeiros.
De acordo com Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, se as perdas da Previ continuarem, o Banco do Brasil pode precisar cobrir parte do déficit, o que influenciaria seus resultados financeiros e, consequentemente, os pagamentos aos acionistas. "Os funcionários ativos podem ter que aumentar suas contribuições, e o BB, como patrocinador do fundo, pode precisar destinar parte de seus lucros para sanar o problema", explicou Cruz.
A preocupação também é compartilhada por André Gilberto, CEO do CGM Advogados, que destaca o risco de recursos públicos serem utilizados para cobrir o prejuízo. "Fundos de previdência como a Previ administram o patrimônio de milhares de beneficiários. Quando apresentam déficits expressivos, há risco de necessidade de novos aportes, o que pode pressionar as contas do banco e do governo", afirmou.
TCU investiga gestão da Previ
Diante do rombo, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma auditoria para avaliar a gestão da Previ e o impacto nas contas públicas. A medida foi solicitada pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou "gravíssimas preocupações" com os números do fundo.
Uma das razões apontadas para as perdas é a forte desvalorização das ações da Vale, que representam 35% dos investimentos em renda variável da Previ. Especialistas afirmam que a análise do fundo deve ser comparada ao desempenho de outros planos de previdência complementar para verificar se houve falhas na administração dos recursos.
O Banco do Brasil, por sua vez, minimizou os riscos para seus investidores e garantiu que os planos da Previ seguem equilibrados. "O BB acompanha o desempenho da Previ e possui representantes nos órgãos de fiscalização e controle", declarou o banco em nota.
Apesar disso, o caso levanta preocupações sobre o futuro dos beneficiários, uma vez que muitos dependem exclusivamente da Previ para sua aposentadoria. "Quando um fundo apresenta prejuízos expressivos, surge a dúvida sobre quanto tempo esse cenário pode persistir e qual será o impacto para os aposentados", destacou Cássio Landes, da Valor Investimentos.
O histórico de outros fundos de previdência deficitários, como o Funcef (da Caixa Econômica Federal), levanta a possibilidade de que os funcionários do BB possam ser chamados a contribuir mais para equilibrar as contas. O desenrolar da auditoria do TCU será fundamental para definir os próximos passos e possíveis medidas corretivas.
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