Um imenso projeto de infraestrutura busca conectar a costa do Oceano Pacífico no Chile à costa do Atlântico no Brasil. Acredita-se que a rodovia de aproximadamente 2.200 quilômetros, que atravessa Argentina, Brasil, Chile e Paraguai, facilitará o transporte de gado e exportação de produtos agrícolas para os portos nos oceanos Atlântico e Pacífico, beneficiará os fazendeiros e camponeses da região.
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Os governantes dos países envolvidos no projeto expressam seu apoio, sendo o presidente paraguaio, Mario Abdo, um dos principais impulsionadores do projeto.
Segundo o presidente do Paraguai, o país é o quarto maior exportador de soja do mundo e para que a soja chegue ao Oceano Pacífico é preciso passar pelo Canal do Panamá. Com a nova rodovia pronta, haverá uma economia de cerca de 25% nos custos logísticos para todo o setor produtivo.
Parte da nova rodovia, cerca de 525 quilômetros, atravessará uma região conhecida como Gran Chaco, uma das principais reservas ambientais do Paraguai, habitada por onças, onças-pardas, tamanduás e milhares de espécies de plantas, sendo um dos locais com maior biodiversidade do planeta.
O corredor bioceânico é um projeto de infraestrutura desenvolvido desde 2015 pelos governos da Argentina, Brasil, Paraguai e Chile, com o objetivo de ligar quatro portos localizados no Oceano Pacífico aos portos na cidade brasileira de Santos. Estima-se que a rodovia terá cerca de 2.200 quilômetros de extensão e um investimento total de aproximadamente US$ 10 bilhões.
A rodovia passará pelas regiões do Mato Grosso do Sul no Brasil, Gran Chaco no Paraguai, províncias de Salta e Jujuy na Argentina, e regiões de Antofagasta e Tarapacá no Chile. Cada país é responsável por cumprir alguns trechos do projeto, mas ainda não está claro qual será o prazo final para sua conclusão.
Atualmente, o Paraguai é um dos países mais avançados na execução dos projetos, com um dos três trechos em seu território já concluído. Segundo Alfredo Sánchez, engenheiro e porta-voz do governo paraguaio para a questão do corredor bioceânico, o trecho concluído já permitiu um acesso mais fácil para o comércio.
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